Mistura de gêneros com surpresas no cinema
O novo filme surpreende telespectadores com suspense, terror e tecnologia
Escute essa reportagem

“Acompanhante Perfeita” – tradução um tanto mastigada para o original “Companion” – está na encruzilhada do entretenimento com o pensamento. O longa de Drew Hancock chega agora aos cinemas brasileiros após uma estreia de surpreendente sucesso nos EUA.
Sem dúvida, é um filme bacana de ver, entretém e tal, além de ter uma série de elementos interessantes de partida.
Mas assim que passamos a pensar nele, ainda durante a projeção, e mais ainda quando o filme acaba e saímos da sala de cinema, suas fraquezas se multiplicam, encobrindo as forças. Da sinopse, quanto menos se souber, melhor. Nesse caso, melhor seria nem ver o trailer, que entrega coisas demais do enredo.
E se entrarmos no IMDb, já tem muito ali. Quem pesquisar sobre o filme, saberá boa parte do que acontece. Metade da graça, ou mais, terá ido embora.
Tentemos um micro-resumo, sem entregar muito da trama para além do que já se entregou aos borbotões. Casal de namorados, vividos por Sophie Thatcher e Jack Quaid, encontra amigos numa casa paradisíaca nos confins da civilização, tipo de casa de magnatas quando querem refúgio.
O dono da casa é um ricaço russo de modos grosseiros. Logo fica evidente que tem algo errado nesse passeio de férias. E quase nada é o que parece ser.
Fiquemos por aqui. Até porque, quanto mais sabemos do que se passa, menos interessante se torna. Todos que lerem sobre o filme, porém, já saberão que tem robô nessa história. E colocar robô, num filme de 2025, implica obrigatoriamente em falar de inteligência artificial.
De todo modo, o filme permite uma série de discussões relativas à maneira como a tecnologia tem dominado nossas vidas. A ideia de substituição, por exemplo, já implícita na presença de um robô, é aqui levada a um limite com o qual não estamos preparados a lidar.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários