“Duna 2”, de clássico a fenômeno teen no cinema
Escrito há 60 anos, o livro que dá origem aos filmes de Villeneuve é um épico denso com centenas de páginas, clássico absoluto da ficção científica
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Centenas de adolescentes e crianças se espremiam nas grades colocadas ao redor do tapete vermelho da pré-estreia de “Duna: Parte Dois”, que aconteceu no começo do mês na Cidade do México. Berrando pelos atores que desfilavam, os fãs erguiam cartazes, implorando por autógrafos e selfies.
“Fiz esse filme para a juventude. É para o garoto que ainda vive em mim”, afirmou Denis Villeneuve, o diretor do filme, vendo seu desejo materializado na algazarra da multidão.
Seu novo “Duna: Parte Dois” volta às areias do planeta Arrakis e parte de onde o primeiro filme terminou. Agora, o príncipe Paul Atreides, vivido por Timothée Chalamet, precisa convencer a si mesmo e ao povo Fremen, habitantes do deserto, de que é um profeta e também um guerreiro, capaz de domar vermes gigantescos e liderar uma batalha contra aqueles que destruíram sua família.
O primeiro “Duna” estreou em outubro de 2021, com as salas de cinema vazias por causa da covid-19. Um mês depois, o longa chegou ao streaming da HBO. Como se quisesse fazer jus ao filme, e, na tentativa de atrair um novo público, a Warner o levou de volta aos cinemas neste mês.
Escrito há 60 anos, o livro que dá origem aos filmes de Villeneuve é um épico denso com centenas de páginas, clássico absoluto da ficção científica. Cenas de ação permeadas por tensões ecológicas e políticas são diluídas em longas passagens dedicadas a explorar o universo árido daquele planeta.
Não parece uma fórmula capaz de prender a atenção de boa parte da juventude acostumada a pescar dicas de leituras no TikTok, onde dominam histórias de ficção mais modernas e simplórias. Mas “Duna” fugiu à regra. O medalhão mais precioso do diretor é Chalamet. Mas o novo “Duna” não é só dele. Protagoniza o filme também a atriz e cantora Zendaya, a Chani.
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