Valesca Popuzada: “Eu estou solteira e muito bem solteira”
Em entrevista ao AT2, a cantora diz que está no “auge de sua libido”, mas curtindo a liberdade e seus novos EPs sobre o amor
Escute essa reportagem
Solteira sim, sozinha nunca! A famosa frase serve perfeitamente para definir a atual situação da cantora Valesca Popozuda, que acaba de lançar os EPs “De Volta Pra Gaiola: Amor” e “Amor de Verdade”, que trazem suas versões light e proibidona.
“Eu estou solteira e muito bem solteira. Tem 6 anos que estou assim e muito feliz comigo mesma e com essa fase. Eu não quero ficar dando satisfação para ninguém. Quero sair quando eu quiser, beijar quem e quantos eu quiser. Não dá para entrar em um relacionamento assim. Então, posso dizer que estou apaixonada por mim mesma neste momento”, disparou a funkeira ao AT2.
Mas será que é muito difícil conquistar o coração da moça? “Antes de tudo, precisa ter a base de um ser humano decente. Precisa ser uma pessoa leal, honesta, trabalhadora, bem-humorada, sem preconceitos. Para conquistar o meu coração, acho que é muito da química. Precisa bater com a pessoa. Tipo quando vocês se olham já sente algo no ar”, explicou.
Valesca ressaltou que, aos 45 anos, se sente muito mais madura musicalmente e sexualmente. “Totalmente. Acho que, a cada ano, eu me conheço e me descubro mais sexualmente. É algo que a maturidade te traz. Estou no auge da minha libido. E, musicalmente, também estou melhor. A experiência de anos e anos de carreira também pesam”.
Do início da carreira, lá na época da Gaiola das Popozudas, no ano 2000, muita coisa mudou, ela conta, revelando que era bastante ingênua. “Tinha minhas inseguranças. Mas o que eu acho que não mudou - e sou muito feliz por isso - é a humildade. Eu sou muito verdadeira, pé no chão. Não tem dinheiro ou fama no mundo que consiga tirar isso de mim. Vou ser para sempre a mesma Valesca dos Santos”.
E, se você gosta da Popozuda, pode ficar tranquilo (a), porque a funkeira avisa que não pretende parar tão cedo!
“Eu amo fazer shows. Não me vejo parando. Mas eu não quero depender exclusivamente disso para ser minha fonte de renda. Veio a pandemia e foi um baque muito forte, pois o meu dinheiro vinha de shows e, do dia para a noite, eu não podia mais fazer. Daqui a 20 anos, eu quero estar fazendo shows por amor, mas ter outros projetos paralelos”, diz.
“Ultrapassou? Beijo e tchau!”
AT2- Por que, desta vez, cantar sobre o amor em “De Volta Para Gaiola: Amor”?
Valesca Popozuda- Eu sempre cantei sobre o amor, mas de um jeito muito particular. Desta vez, eu quis fazer algo diferente. Cantar o amor do jeito que todos entendem, a linguagem romântica, universal. Só que muito do que eu sou e da forma que eu amo é de forma explícita. Então, decidi fazer a versão light (“Amor”) e a versão proibidona (“Amor de Verdade”).
Já viveu relacionamentos abusivos. O que aprendeu com isso?
Na época, eu nem sabia que estava vivendo um relacionamento abusivo. Achava que abuso era apenas violência física, mas tem a violência psicológica e moral, que pode ser tão destrutiva quanto a agressão. Eu aprendi a identificar melhor as coisas. Sou muito direta naquilo que eu gosto e não gosto, sobre o que eu tolero e não tolero, sobre o meu limite e sobre o outro. Ultrapassou? Beijo e tchau!
O público gosta mais do proibidão ou da versão light de Valesca Popozuda?
Eu tenho os dois públicos. Na Gaiola, eu cantava os funks proibidões, então o público que se formou era dessa galera que consumia esse tipo de linguagem. Quando eu ganhei o Brasil com “Beijinho no Ombro”, todo mundo passou a conhecer a Valesca, da criança até o idoso. Eu falei que eu ganhei o público do sofá, da família brasileira. E um funk proibidão não é sempre que se escuta em um churrasco de domingo com a família. Então, eu tenho esses dois públicos, cada um consome e pede por uma versão da Valesca.
E você prefere qual versão sua?
Eu gosto muito de cantar proibidão. Acho que é onde está a minha essência e sou muito feliz cantando e falando sobre sexo.
Para você, o que é liberdade?
Eu acho engraçado que gaiola, para muitos, é prisão, mas, para mim, tem um significado bem diferente. Acho que liberdade é você não ter medo de ser quem é. Se você não tem medo de usar a roupa que quer, ir aos lugares que quer, ser amiga de quem você quer, comer o que você quer, ter o corpo que você quer, namorar com quem você quer, falar o que você quiser, você está livre!
Se pudesse voltar no tempo, o que teria feito de diferente?
É aquela velha história, eu cometi muitos erros no passado por ter sido ingênua. Confiei em quem não devia, assinei papéis que não deveria, mas tudo isso serviu de aprendizado. Hoje, eu me envolvo em tudo na minha carreira e tudo passa pela minha aprovação. Tenho controle, mas só foi possível porque eu vacilei lá atrás e aprendi com isso. Então, não sei se faria diferente... Talvez o resultado não teria sido tão bom como é hoje.
Comentários