“Sou um eterno apaixonado”, diz Bell Marques
Cantor desembarca sexta-feira no Vital levando todo o seu repertório de axé romântico
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Casado há mais de quatro décadas com Ana Marques, o cantor baiano Bell Marques, 71, pode dizer que é conhecedor do “Amor Perfeito” desde os tempos em que comandava a banda Chiclete com Banana.
Ele demonstra que é especialista na arte de amar ao atravessar gerações com seu axé romântico, que pode ser conferido em “100% Você” e “Diga Que Valeu”, sucessos presentes na trilha sonora de muitos casais.
“O amor é uma das coisas mais incríveis que levamos da vida, que nos faz bem, nos completa. Não tem coisa melhor do que cantar o amor, a alegria de ter alguém para dividir momentos da vida. Sou um eterno apaixonado, tenho essa sorte, então, é um tema que não tem como não estar presente no meu repertório”, afirmou o artista ao AT2.
Nas redes sociais, o cantor publica declarações emocionantes para a amada, com quem tem dois filhos: Rafa, de 35 anos, e Pipo Marques, de 29.
“Que sorte a minha ter te encontrado para poder viver, depois de 42 anos juntos, momentos únicos, como atravessarmos a sala da nossa casa de mãos dadas. Parece uma distância curta, mas para o nosso amor esse tempo é eterno”, escreveu na legenda de uma foto dele com a mulher.
Uma grande dose de todo esse romantismo de Bell poderá ser conferida ao vivo na próxima sexta-feira, quando o baiano se apresenta no primeiro dia do Vital. Ele é uma das atrações principais do evento, que rola no Sambódromo capixaba, e vai embalar o público de cima do trio elétrico.
A passagem do artista pelo famoso Carnaval fora de época foi um pedido dos micareteiros após a edição de retorno, no ano passado, sem a presença do ex-Chiclete com Banana. E ele está na expectativa para participar dessa festa!
“A energia de Vitória é sempre muito incrível comigo, fico sempre feliz de voltar, ainda mais em um evento que tem uma história tão bacana”, ressaltou o baiano.
Ele ainda adiantou um pouquinho do que deve rolar no repertório do show.
“São muitos sucessos nesses mais de 40 anos de carreira e, no caso do retorno de um evento especial como esse, fica difícil filtrar. A gente fica muito atento às redes sociais, no que os fãs pedem, e algumas a gente não pode deixar de tocar, como 'Não Vou Chorar' e '100% Você'. Se eu não tocar, já viu, né?”, questionou, aos risos.
"Termo 'chicleteiro' nasceu no Vital"
AT2 - Qual a importância do retorno do Vital para a música produzida na Bahia? É uma forma de mostrar que a música baiana ainda pulsa forte em vários corações?
Bell Marques - Sem dúvida, o sucesso dos carnavais fora de época, como o Carnatal e o Fortal, provam essa força e impulsionam o retorno de grandes eventos em outras cidades e estados, como em Vitória e em Brasília.
A música nunca morre, o que existe são mudanças no mercado, naturais ao longo dos anos. Quem vai dizer que o rock morreu ou que a MPB não existe mais? O caso da axé music é o mesmo. Ela sempre será uma potência para quem consome.
- Artistas de outros ritmos também vão se apresentar no evento. Isso mostra a capacidade que a música baiana tem de receber outros estilos numa festa em que ela é o carro-chefe?
A música é um grande elo entre as pessoas, não deveria ser nunca tratada como barreira. A axé music é acolhedora por natureza, ao falar de amor, de alegria, de festa. A Bahia está sempre aberta, faz parte do nosso DNA acolher pessoas e gêneros musicais.
- Todo mundo tem uma história com o Vital. Qual é a sua?
O Vital sempre foi uma festa que adorava, e trouxe uma energia diferente para o Brasil. Uma festa muito grande, que atraía muita gente do Brasil inteiro. E poucas pessoas lembram, mas o termo “chicleteiro” nasceu no Vital.
Algum fã de lá puxou uma placa dizendo “Eu sou chicleteiro” e o nome ficou. Por isso, gravamos no Vital o álbum “Chicleteiro Ao Vivo” (2001) e, por isso, esse nome do CD.
- Os fãs pediram e vão te trazer para a próxima edição. Como é para você ter sua presença requisitada nesse evento? Como é ser amado por tanta gente?
Fico muito feliz de ser escolhido como o cantor do coração de tanta gente, ao mesmo tempo que é uma grande responsabilidade. Esse carinho é a resposta de que quando fazemos o que amamos com verdade, a gente conquista as pessoas.
- O que diria para quem vai curtir seu primeiro Vital?
Eu diria para ir com o coração aberto, para se divertir em paz e ir com a saúde em dia, porque não quero ninguém parado nem cansado! (Risos)
- Seu projeto mais recente foi “Forró Romântico”, lançado para o São João. Cabe um forrozinho no Vital?
Eu tenho uma história muito especial com o São João, pessoalmente e, consequentemente, na carreira. Desde o Chiclete, já gravava forrós, chegamos a gravar um CD inteiro lá atrás e sempre tive o sonho de gravar um DVD em homenagem a Luiz Gonzaga, que é uma grande referência.
Acredito que nesse show a gente vá pra cima, em clima de Carnaval mesmo, mas meu repertório nunca é definitivo. A gente vai sentindo o público, ficamos de olho no que os fãs pedem, porque a festa é para eles.
- O que te levou a gravar um projeto de forró romântico?
Todo nordestino costuma ter uma relação forte com o forró, com o São João, que é uma festa muito maior do que o Carnaval, em termos de alcance na região. Os estados todos se mobilizam, alguns por um mês inteiro. Então, é natural que a gente cresça gostando da temporada junina, da música, da comida...
Vital 2023
Quando: sexta-feira (15), às 20h, e sábado (16), às 18h;
Onde: Sambódromo de Vitória. Santo Antônio, Vitória;
Ingressos: para o Bloco, combo e sexta esgotados. No sábado. R$ 210 (4º lote/meia). Para a Arquibancada, combo a R$ 80 (1º lote/único). Na sexta, R$ 50 (1º lote/meia) e no sábado, R$ 50 (1º lote/meia).
Venda: site lebillet.com.br
Classificação: 18 anos
Atrações do bloco
Sexta-feira: Banda Eva, Bell Marques e Léo Santana;
Sábado: Durval Lelys, Xanddy Harmonia, Tomate e Timbalada.
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