Implante usado por Virginia para evitar filho custa até R$ 2 mil
O Implanon é uma pequena haste flexível que é inserida sob a pele do braço e libera continuamente o hormônio etonogestrel
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Uma agulhada, um pequeno implante no braço e três anos sem se preocupar com o uso de anticoncepcional. O implante de etonogestrel, popularmente conhecido como Implanon, voltou a ser procurado quando a influenciadora Virginia Fonseca decidiu escolhê-lo como seu método contraceptivo.
Virginia, mãe de Maria Alice, 3 anos, Maria Flor, 2 anos, e José Leonardo, de quase um mês, disse que não pretende ter mais filhos.
Mas o que é o Implanon? É um método contraceptivo de longa duração reversível. Trata-se de uma pequena haste flexível que é inserida sob a pele do braço e libera continuamente um hormônio que previne a gravidez. Ele custa entre R$ 1.500 e R$ 2 mil e dura até três anos.
Segundo a ginecologista Lorena Baldotto, a principal vantagem do método é a praticidade. “Ele não precisa ser lembrado diariamente, como as pílulas anticoncepcionais, e por isso tem uma menor taxa de falha”, reforça.
Mas a especialista alerta que ele também pode apresentar efeitos colaterais, incluindo náusea, queda de cabelo, edema, dificuldade de ganhar massa magra e queda da libido.
Os efeitos colaterais não são unânimes entre os médicos. Por isso, antes de pensar em adotá-lo, o melhor é ter um acompanhamento médico para descobrir o que funciona ou não.
O implante pode ser comprado em farmácias, mas precisa de prescrição médica. Além do valor do medicamento, é preciso pagar também pela aplicação.
“Geralmente os médicos cobram o mesmo valor para colocar o implante”, explica a ginecologista Mariana Andreata. Ela também destaca que é um método que pode ser usado por adolescentes.
“Eu coloco muito por que é um método seguro e que independe da jovem ser virgem ou não”.
Saiba mais
É um método contraceptivo de longa duração. Reversível, dura três anos. Considerado um dos métodos contraceptivos mais seguros, sua taxa de falha é menor que 1%.
A ginecologista Judith Pim alerta que ele não começa a funcionar imediatamente. “Ele vai liberando o hormônio e seu pico acontece em duas semanas. Eu libero meus pacientes para ter relações sexuais sem o uso de outro método depois de três semanas, por segurança. Depois disso, a pessoa está protegida”, destaca.
Na visão dela, o implante é um método que traz várias vantagens, como praticidade e baixa manutenção. A principal desvantagem são os sangramentos irregulares.
A ginecologista Gabriele Lomonte acrescenta que por não ser um método de barreira, ele não protege contra infecções sexualmente transmissíveis.
Ela também ressalta que o implante hormonal não é indicado para todas as mulheres. “É importante consultar um ginecologista para avaliar se esse é o método mais adequado para cada caso específico”, orienta.
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