Gabriel Milane, ator “Garota do Momento”, trancou faculdade para focar na atuação
O "Topete" da novela das seis afirmou que foi preciso coragem para tomar a decisão
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O que você seria capaz de fazer para realizar seu sonho? No caso do ator Gabriel Milane, o Topete da novela “Garota do Momento”, ele trancou o curso de Sistemas de Informação na USP prestes a se formar para focar de vez na carreira artística.
Ele conta, em entrevista ao AT2, que percebeu que ser ator seria sua profissão quando se viu infeliz com o caminho que estava tomando profissionalmente no terceiro ano de faculdade.
Ao ser chamado para fazer a novela, não pensou duas vezes em jogar tudo para o alto. Gabriel, de 24 anos, conta que não se arrepende de nada.
“Foi a melhor decisão que tomei em minha vida. Só Deus sabe o que aconteceria se tivesse seguido por outro caminho. No fim, tudo aconteceu como deveria. Foi preciso coragem e hoje fico feliz de estar colhendo os frutos”, observa.
“Fazia faculdade de Computação e observava meus colegas indo trabalhar em escritórios. Não era o que eu queria pra mim. Já trabalhava com audiovisual desde pequeno, atuando em comerciais para TV. Decidi então me jogar de cabeça e estudar tudo que ainda precisava para me capacitar na profissão. Percebi que a experiência prática me ensinou muito mais do que qualquer escola”, ressaltou.
Antes de interpretar o bad boy da novela das 18h, Gabriel já dominava o streaming. Ele deu vida a Hugo, mímico da série “De Volta Aos 15”, sucesso da Netflix com Maisa. Além disso, Gabriel também esteve em “Pico da Neblina”, da Max, como Nico, um jovem da periferia que assaltava coffeeshops com seu amigo em uma ficção em que a maconha é legalizada no Brasil.
Ele conta que, se pudesse escolher apenas um artista para contracenar hoje mesmo, escolheria Fabio Porchat. “Cresci vendo seu desenvolvimento até chegar na primeira prateleira. Conheci ele recentemente, quando fui assistir a seu show ‘Histórias do Porchat’. Avisei que um dia estaríamos juntos em seu programa, mas eu queria mesmo era fazer um filme com ele”, confessa.
at2 Como sua família reagiu quando você disse que queria seguir a profissão de ator?
Gabriel Milane Não gostaram, mas isso é normal. Nossos pais sempre querem o melhor pra nós, e sair de uma carreira estável e com boa previsão de ganhos financeiros para virar ator de vez parecia loucura num primeiro momento. Hoje, eles me apoiam e valorizam minha decisão. Na época não concordaram, mas sempre respeitaram.
Você estreia em novelas logo como um vilão em “Garota do Momento”. Sentiu medo de não dar conta?
Sempre tive muita confiança em relação ao meu trabalho. Quando fui aprovado, tive certeza de que estava realmente pronto para participar de um desafio desse tamanho. Claro que a insegurança e o medo aparecem de vez em quando, mas tenho uma equipe querida dentro e fora do set que me apoia e cuida de mim.
Em quem se inspirou para compor seu personagem?
Fui atrás das principais referências de bad boys. Consumi muito de James Dean, Marlon Brando, Elvis Presley, Johnny Depp. Também sou muito fã do Jack Black, trago algumas coisas da atuação maluca dele para o Topete. Em relação às referências nacionais, Edu Sterblitch.
Tem alguma coisa parecida com ele ou vocês são totalmente diferentes?
Tenho muitas coisas parecidas, e também muitas diferenças. Topete é um jovem brincalhão, com zero bom senso, mas que tem um coração gigante. Eu também tinha riso fácil e adorava zoar meus amigos. Acho que, no fim, o que nos une de fato é a vontade de fazer diferença no meio em que estamos.
Acredita que todo sacrifício é válido por um personagem?
Acho que o nosso ofício é muito parecido com a pintura, onde podemos escolher as cores, os traços, a composição para contar uma história. Por isso, depende muito do objetivo final. Sou um ator disponível e pronto para qualquer desafio que apareça pela frente. Se a mensagem a ser transmitida exigir demais de mim, aí vou trazer essa questão para a equipe e vamos nos preparar para resolver o problema juntos. Enquanto ator, gosto muito de facilitar o trabalho de todos.
O que não faria por um personagem?
Poucas coisas. Obviamente que tudo tem limite, mas gosto de experimentar e testar os meus próprios valores frente aos personagens que interpreto.
Você fez duas séries no streaming. Planejava estar na TV aberta logo ou foi surpresa?
Eu sou da seguinte opinião: a gente pode planejar o quanto quiser, e pedir sempre pelos melhores e mais específicos caminhos. No fim, existe uma série de fatores que fazem um ator chegar à televisão. Não vou mentir, sempre sonhei em fazer exatamente isso: uma novela na Globo. Felizmente veio mais rápido do que imaginava.
Passou algum perrengue no início da carreira?
Meu maior perrengue foi quando ia com meu vô de metrô, atravessava a cidade para fazer testes de publicidade. Era muito cansativo, chegávamos lá e sempre via mais 20 moleques iguais a mim. Desanimava um pouco, sempre dava o meu melhor e muitas vezes não conseguia. Era frustrante para uma criança sem experiência na área. Por outro lado, quando aprovava nos trabalhos era o paraíso. Sempre fui feliz no set.
Quais são seus planos para o futuro?
Os melhores possíveis! Apesar disso, sou muito pé no chão, gosto de focar no momento presente e dar o melhor dia após dia. As oportunidades que o futuro me reserva ainda não são para agora, por isso sigo com fé e sempre buscando meu caminho.
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