'Fui desacreditada pela TV e inventei minha própria carreira', diz Giovanna Ewbank
Hoje a artista está consolidada como apresentadora e empresária do ramo de entretenimento, dona de um canal com 5,3 milhões de inscritos
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Há quase dez anos, Giovanna Ewbank propôs à TV um programa em que entrevistasse artistas e personalidades sentada em sua própria cama. A ideia não foi bem aceita, mas ela insistiu. Levou o projeto para o YouTube e, sozinha, fez acontecer.
De lá para cá, o canal Gioh cresceu e aquele primeiro programa de entrevistas se desdobrou em vários, em diferentes formatos. Os funcionários já são mais de 60, enquanto o cenário "roots" da cama ficou no passado e deu lugar a quadros mais elaborados.
Hoje consolidada como apresentadora e empresária do ramo de entretenimento, dona de um canal com 5,3 milhões de inscritos, Giovanna é constantemente procurada pelas emissoras que, lá atrás, esnobaram suas ideias. "Quando eu apresentava para a TV, era desacreditada", conta, em entrevista à reportagem.
"Eu era uma jovem com muitas ideias que nunca eram tiradas do papel", lembra. "Então resolvi inventar minha própria carreira. Fui para o YouTube e foi um estouro. Fui uma das primeiras a apostar no YouTube."
Depois de recusar alguns convites para levar seus podcasts à TV, ela aceitou a ideia do GNT de criar um spin-off do Quem Pode, Pod. O Quem Não Pode Se Sacode estreia no canal pago na terça-feira (23). Ao lado de Fernanda Paes Leme, sua parceira no canal, Giovanna apresenta o novo formato.
"Tive alguns convites para levar o Quem Pode, Pod à TV, e não só do grupo Globo. Recusei todos porque sabia que não funcionaria na TV", diz. "Até que o GNT apareceu maravilhosamente com esse projeto onde a gente podia continuar esse trabalho, mas com uma estrutura de televisão. A gente achou que funcionaria muito bem e resolveu embarcar nisso."
Um dos upgrades que a emissora proporcionou foi um estúdio com palco, plateia e mais convidados no programa. "No Pod, somos duas contra um e no programa são pelo menos três convidados por episódio. São mais informações, mais personalidades para lidar. E traz uma temperatura diferente, um ritmo diferente. É imediato. A gente entende o que funciona, o que a plateia gosta", avalia.
"O programa está leve, divertido, mas, ao mesmo tempo, falando sobre temas importantes, emocionantes, tem brincadeiras e sem perder nosso DNA", diz. "Acho que conseguimos trazer essa linguagem do Pod, mas de forma que as pessoas já chegavam ao programa preparadas para se abrir."
Somando todos os episódios da primeira temporada, são mais de 60 convidados, dos quais ela se enche de orgulho. "Conseguir bons convidados vem de uma credibilidade não só do canal, mas da nossa história", conta. "Sessenta convidados em um programa que ainda não estreou. É muita gente interessante, trazendo diversidade de idade, de pensamentos."
Mesmo na TV, Giovanna não pretende deixar para trás a plataforma onde construiu sua carreira e fez suas ideias tomarem forma. "O YouTube é livre, quem vai ditar o termômetro do meu canal sou eu", afirma. "A relação com o público é mais próxima. Os convidados ficam mais à vontade, a gente fica mais à vontade."
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