Anitta responde a críticas por tatuagem sobre constelação familiar
Conselho Federal de Psicologia é contrário à técnica, que é considerada terapêutica e não tem respaldo científico
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Anitta usou os stories de seu Instagram para responder a comentários que considerou como "polêmicos" em relação à sua nova tatuagem, que faz alusão à chamada constelação familiar, técnica que é considerada terapêutica e não tem respaldo científico. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), inclusive, já emitiu parecer contrário à prática (leia mais abaixo).
"Sou eu no meio, o bonequinho com o coraçãozinho, que significa que tenho sempre a força do amor dentro de mim. De um lado fica o pai, do outro lado, a mãe. E essas estrelinhas significam, para mim, a constelação familiar, os outros membros da minha família", explicou, sobre o novo desenho em sua pele.
A cantora ainda destacou: "Tem muita gente que não gosta de constelação familiar. Vai de cada um. Tem coisas que são boas para um e não são boas para o outro".
"Essa tatuagem é como se fosse um símbolo da constelação familiar, uma terapia que tem me ajudado muito na minha vida, a ser feliz, viver com mais plenitude e entender coisas da vida que às vezes é difícil a gente entender", continuou Anitta.
O que é constelação familiar
A constelação familiar é uma prática considerada terapêutica, feita em grupo ou individualmente, para resolver conflitos familiares. Para isso, faz-se uso de dramatização de situações, nas quais os participantes interpretam o histórico familiar do paciente. A técnica foi desenvolvida pelo Alemão Bert Hellinger (1925-2019).
Em março de 2023, o CFP emitiu nota técnica orientando psicólogos a não usarem a constelação familiar. A entidade afirma que a prática entra em conflito com o Código de Ética Profissional do Psicólogo pois "pode suscitar a abrupta emergência de estados de sofrimento ou desorganização psíquica, e que o método não abarca conhecimento técnico suficiente para o manejo desses estados".
Além disso, o CFP indica que as bases teóricas da constelação familiar também "consagram uma leitura acerca do lugar da infância e da juventude fortemente marcada por um viés afeito à naturalização da ausência de direitos e de assujeitamento frente aos genitores, desrespeitando normativas dos Sistema Conselhos de Psicologia e o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)".
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