Melhor tributo ao Supertramp ao vivo em Vitória
A banda Supertramp Experience foi elogiada pelo próprio Roger Hodgson, que desde a pandemia da covid-19 não sobe aos palcos
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Fã do Supertramp desde a adolescência, o músico francês Antoine Oheix tem consciência de que o retorno da banda aos palcos com seus fundadores é um sonho que, muito provavelmente, não se tornará realidade.
“Infelizmente, acho que é tarde demais. Eles tentaram se juntar novamente em 1997, mas não funcionou. Além disso, muitos anos se passaram, ambos envelheceram”, lamenta o artista, ao AT2.
Como um bom seguidor da banda de rock britânica, Antoine lembra que Rick Davies, 80, teve câncer em 2015, o que causou a interrupção da turnê que o Supertramp fazia na época, e, desde então, não subiu mais aos palcos. Já Roger Hodgson, 74, não se apresenta ao vivo desde a pandemia da covid-19.
É por isso que o fã francês acredita estar cumprindo seu papel como líder da Supertramp Experience, reconhecido pelo próprio Hodgson como o melhor tributo à banda no mundo. “Nosso trabalho agora é perpetuar sua música da melhor forma e pelo maior tempo possível”, afirma o vocalista e tecladista do projeto.
O show de quase duas horas que promete muita emoção através de sucessos como “The Logical Song”, “Goodbye Stranger” e “Breakfast in America” retorna a Vitória na próxima sexta-feira (30), no Espaço Patrick Ribeiro.
A capital capixaba recebe apenas uma das 11 apresentações que o tributo tem feito no Brasil desde o último dia 17. A maratona de shows segue até 13 de setembro.
“Os brasileiros claramente vão aos shows para se divertir. Os franceses costumam se expressar depois de 3 ou 4 músicas. Aqui, isso acontece desde a primeira música, e isso faz com que a gente se sinta muito confortável. É essa energia que nos motiva a fazer toda essa agenda. Cada vez que terminamos um show, nos sentimos prontos para o próximo”.
Essa é a segunda vez que o tributo desembarca em terras tupiniquins e seus integrantes têm ótimas lembranças da turnê de 2023.
“É realmente ótimo estar de volta. Amamos o público, o País, o modo de vida, as paisagens mágicas... Este ano é ainda melhor porque sabemos o que encontraremos e aproveitaremos ainda mais”, comemora Antoine.
“Fazemos com que voltem à juventude”
AT2- Qual o tipo de experiência que levam para o público?
Antoine Oheix- Primeiro, nós colocamos o público em uma máquina do tempo. Nós fazemos com que eles voltem à juventude e revivam os “bons velhos tempos”. A música tem um forte poder de trazer de volta memórias e faz bem lembrar o quão boas foram certas partes de sua vida.
Além disso, tentamos transmitir nossa própria energia, o que sai da química da banda. Tocamos juntos há 11 anos e acho que temos uma maneira única de fazer com que o público goste.
Levamos bom humor, cumplicidade, muitas emoções para compartilhar, grande prazer em tocar e sempre a preocupação de tocar a música do Supertramp da forma mais fiel possível.
O que mais amam em nossa cultura?
O jeito “leve” de viver. As pessoas são simples, menos estressadas do que na França, elas não se importam muito com a aparência e, acima de tudo, elas amam música! A música está na cultura delas e todo mundo pode dançar em qualquer lugar quando ouve um som. É um tipo de liberdade que apreciamos.
Essa turnê conta com um repertório diferente do que vocês trouxeram em 2023?
Fomos cuidadosos ao escolher as músicas que funcionaram bem no ano passado. Mas, obviamente, tocaremos os grandes sucessos.
“The Logical Song” nasceu das dúvidas de Roger Hodgson sobre o que realmente importava na vida. Para vocês, o que realmente importa?
Boa pergunta! Acho que é apenas amor, amor altruísta. Não é fácil de usá-lo todos os dias, mas aprendemos a fazê-lo através de tudo o que acontece na vida, coisas boas e ruins...
Aprendemos a amar, sem condicionamento, sem medo. Muitas vezes, imagino crianças de países inimigos juntas no parquinho. Elas brincariam sem nenhuma ideia na cabeça. O problema não são as pessoas, mas as ideias que flutuam na cabeça delas. Talvez precisemos entender isso para ganhar perspectiva sobre as coisas.
Como é ser líder do “melhor tributo ao Supertramp”, segundo o próprio Roger Hodgson?
Encontramos com Roger quatro vezes e cada vez era como se estivéssemos no paraíso. Ele é um homem muito gentil, é possível conversar com ele sobre tudo. Mas ele também é perfeccionista e é importante para ele que toquemos sua música fielmente. Então, sim, é um privilégio ser reconhecido por ele e estamos muito honrados em perpetuar a música dele e de Rick.
Supertramp Experience
O quê: Tributo à banda inglesa Supertramp.
Quando: Próxima sexta-feira (30), às 22h. Abertura às 20h.
Onde: Espaço Patrick Ribeiro, no Aeroporto de Vitória.
Ing.: A partir de R$ 80 (Cadeira Prata/1º lote/meia).
Venda: Site blueticket.com.br
Clas.: 18 anos.
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