“Me tornei mágico profissional aos 12, o mais jovem”, conta Gabriel Louchard
Ao AT2, ele relembrou como se tornou ilusionista e o desafio de viver Galvão Bueno
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Qual criança que nunca se encantou com um truque de mágica? Coelhos saindo de cartolas, pessoas “partidas ao meio”, gente que desaparece no palco... Tudo isso encanta desde que surgiram os primeiros mágicos, há mais de 4.500 anos, no antigo Egito.
E foi o fascínio pelo ilusionismo que levou o então menino Gabriel Louchard, aos 10 anos de idade, a se aventurar pelo mundo das artes. “Quando eu tinha 12 anos, me tornei mágico profissional. Com 14, fui ao programa do Jô Soares como o mágico mais jovem do Brasil”, contou em entrevista ao AT2.
Aos 20 anos, ele sentiu necessidade de mostrar seus outros talentos – Gabriel também é ator, já foi animador de festas infantis, é mestre de cerimônias em eventos corporativos, comediante e comunicador.
Daí surgiu o espetáculo “Como É que Pode?”, que ele traz para Vitória no próximo dia 9 de novembro. Há mais de 10 anos em cartaz, a apresentação conta com ilusionismo, comédia, stand-up, vídeo, improvisação e muita interação com o público.
“É diferente de tudo o que as pessoas já viram. O que mais me encanta no ilusionismo é a capacidade de transformar o impossível em possível, em tornar algo que não existe em algo real naquele momento. Isso conquista todas idades”, explica.
E, no quesito “piadas”, Louchard explica que nem tudo pode ser levado para o palco como brincadeira.
“Eu não acho graça fazer piada sobre religião, opção sexual. Procuro fazer piadas que me envolvam, meu assistente no palco, coisas do cotidiano, festa de criança, tipos de comida”.
Série
Além de “Como É que Pode?”, Gabriel também pode ser visto na série “Senna”, da Netflix, interpretando ninguém menos que Galvão Bueno, papel que ele considera o mais difícil da carreira.
“Queria mostrar outros talentos”
AT2 - Com surgiu a ideia do espetáculo “Como É que Pode?”
Gabriel Louchard - Eu comecei a carreira fazendo mágica aos 10 anos de idade. Eu sempre fui um garoto engraçado, extrovertido, e, quando eu tinha 12 anos, já estava me tornando mágico profissional. Com 14, fui ao Jô Soares como o mágico mais jovem do Brasil, comecei a ir a vários programas de TV e a ficar conhecido como mágico. Quando eu tinha meus 20 anos, achei que estava na prateleira como mágico, ilusionista, e eu queria mostrar meus outros talentos, de comediante, de ator, comunicador. Foi aí que resolvi montar o espetáculo. A ideia era mostrar minhas outras habilidades.
Tem algum ídolo no ilusionismo?
Eu não tive nenhuma referência no Brasil, apenas um mágico que fez uma mágica numa festa de criança quando eu era pequeno. No exterior, tem muito ilusionista, e claro que não posso deixar de falar de alguns como David Blaine e o grande David Copperfield.
Em espetáculo, já passou por perrengue?
Acontece de tudo, da pessoa bêbada que quer ficar se metendo no show, daquela que assiste comentando. Em festa de criança, já passei muita coisa.
Uma vez, eu ia fazer a mágica de aparecer o pombo, tinha que estourar a bola e jogava o pombo para o alto, ele era adestrado e voltava para minha mão. Quando joguei o pombo, ele caiu no chão. Veio uma criança e falou: “Ih, veio a óbito”. O pombinho faleceu no meio da apresentação.
Mudando de assunto, como foi interpretar Galvão Bueno na série “Senna”?
Foi um baita desafio. É um personagem muito querido que tá aí, vivo. Faço Galvão da década de 80, que é o Galvão que a gente não tem muita referência. Hoje ele tem outra voz, outro estilo. Busquei me aproximar um pouco do Galvão sem ser caricato. O objetivo é ser realista para a série. Foi o maior desafio da minha carreira.
SERVIÇO
“Como É que Pode?”
O quê: Espetáculo que mistura stand up e mágicas com o ator e ilusionista Gabriel Louchard.
Quando: Dia 9 de novembro, às 20h.
Onde: Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras, Vitória.
Ingressos: A partir de R$ 25 (meia/mezanino)
Vendas: bileto.sympla.com.br ou na bilheteria do teatro, de terça a sexta, das 14h às 19h.
Clas.: 12 anos
Produção Local: WB Produções.
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