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Educação

Maioria dos estudantes não sabe questões simples de Matemática

Estudantes atingiram a pontuação de 379 na disciplina, em contraste com a média dos países da OCDE, que foi de 479


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Um cenário que aponta para o tamanho dos desafios na educação: 73% dos estudantes do País não sabem o básico da Matemática.

Os resultados do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa) 2022, do ensino básico, foram divulgados na manhã de ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Esses são os primeiros resultados em Matemática, leitura e Ciências que permitem comparar o impacto da pandemia no aprendizado em 81 países.

De acordo com os resultados do Pisa 2022, o Brasil atingiu a pontuação de 379 em Matemática, em contraste com a média dos países da OCDE, que foi de 479.

Quanto ao nível de desempenho, a escala vai de 1 a 6, sendo que abaixo de 2 é considerado resultado insatisfatório.

Do total, 73% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do mínimo (nota 2), enquanto os países da OCDE têm 31% na mesma faixa.

Isso significa que 7 em cada 10 estudantes no Brasil não alcançam nível de proficiência para “participar plenamente da sociedade”, ou seja, não conseguem usar conceitos matemáticos para resolver problemas cotidianos.

Para a coordenadora do Observatório de Pesquisas em Educação e Cultura da Fundação Itaú, Esmeralda Macana, os resultados colocam em evidência desigualdades estruturais existentes no Brasil.

“Mesmo que não haja uma correlação causal direta entre a aprendizagem e a desigualdade de renda no mundo, observamos que o Brasil é um dos países com maior desigualdade de renda e com baixa proficiência em Matemática”.

Ela continuou: “No Brasil, as desigualdades persistem, como podemos notar já que estudantes de alto nível socioeconômico superam em 77 pontos o desempenho dos estudantes mais vulneráveis”.

Sobre os dados do Pisa, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que recebeu os dados e que eles estão em análise.

A Sedu reforçou que 12 unidades da rede participaram e o quantitativo é pequeno para fazer o recorte do Estado, que tem 406 escolas.

A Sedu enfatiza ainda que, dentre as ferramentas pedagógicas aplicadas, está o Programa de Fortalecimento da Aprendizagem (PFA), que visa mitigar dificuldades de aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática apresentadas pelos estudantes. Cerca de 70 mil alunos participam das atividades.

Exemplo positivo: Projeto valoriza a leitura em colégio

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos estudantes não sabe questões simples de Matemática
O projeto “Leitura Inclusiva” envolveu estudantes da 1ª série do ensino médio da escola estadual Saturnino Rangel Mauro |  Foto: Fábio Nunes/AT

Na escola estadual Saturnino Rangel Mauro, em Nova Rosa da Penha, Cariacica, o projeto “Leitura Inclusiva” envolveu estudantes da 1ª série do ensino médio e professores de várias áreas.

O diretor da escola, Carlos Frederico Jordão Ghidini, contou que os alunos participaram de audiobook e audiocast, em que discutiram sobre trechos de livros selecionados, e foi feito um “Livro Gigante” com material reciclável.

País sobe no ranking em leitura e Ciências

O desempenho dos estudantes brasileiros no relatório do Pisa, avaliação internacional, mostrou que o Brasil caiu três pontos em leitura (de 413 para 410) e um em Ciência (de 404 para 403), ficando na 52ª e 61ª posição entre as 81 nações avaliadas, respectivamente.

Apesar da queda das notas, o País avançou no ranking internacional, principalmente nos dois itens, se comparado a 2018.

A coordenadora do Observatório de Pesquisas em Educação e Cultura da Fundação Itaú, Esmeralda Macana, salientou que, entre os dados que se destacam na avaliação, a maioria dos estudantes (72%) disse que os professores dão ajuda extra quando precisam. “Isso demonstra o engajamento dos professores”.

Celular

O relatório mostra, ainda, que alunos usuários de smartphones e outros dispositivos digitais de cinco a sete horas por dia tiveram pontuação menor nos testes.

Cerca de 80% dos estudantes afirmaram que ficaram distraídos nas aulas de Matemática por estar usando celular e outros dispositivos, como tablets e laptops. O percentual é o mesmo que em países como Argentina, Canadá, Chile, Finlândia, Letônia, Mongólia, Nova Zelândia e Uruguai.

Em países como o Japão e a Coreia do Sul, o nível de distração relatado pelos alunos foi de 18% e 32%, respectivamente.

Saiba mais: Avaliação de alunos de 15 anos

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos estudantes não sabe questões simples de Matemática
Escola: 80% dos alunos que usam celular e tablets de cinco a sete horas por dia dizem que ficaram distraídos na aula de Matemática |  Foto: Canva

Pisa

> Um dos principais exames educacionais do mundo, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês) é um estudo comparativo internacional realizado a cada três anos para avaliar o desempenho dos estudantes de 15 anos.

> A última edição estava programada para acontecer em 2021, mas foi adiada em um ano por conta da pandemia de covid-19.

> As provas avaliam o conhecimento dos jovens em três áreas: leitura, Matemática e Ciências.

> A prova é organizada pela OCDE, entidade que reúne países desenvolvidos. Nações como o Brasil entram como convidadas. O responsável no Brasil é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação.

Resultados no Brasil

Matemática

> Média em 2022: 379

> Média em 2018: 384

Níveis

> 73% dos estudantes tiveram baixo desempenho (abaixo do nível 2).

Ciências

> Média em 2022: 403

> Média em 2018: 404

Níveis

> 55% estavam em nível abaixo de 2.

Leitura

> Média em 2022: 410

> Média em 2018: 413

Níveis

> 50% apresentaram baixo desempenho.

Professores

> Durante a apresentação dos resultados, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que não vai mais permitir cursos de licenciatura (de formação de professores) totalmente a distância no País.

> Segundo o ministro, uma das estratégias para o Brasil melhorar os resultados de aprendizagem é valorizar a formação de professores.

Fonte: Agências Estado e Folhapress.

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