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Educação

Especialistas defendem escrita à mão nas escolas

A caligrafia cursiva, por ser mais complexa, exige da criança maior coordenação motora e também estimula as conexões do cérebro


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Imagem ilustrativa da imagem Especialistas defendem escrita à mão nas escolas
Paula Bacellar faz questão de incentivar sua filha Lívia, de 7 anos, a escrever com letra cursiva |  Foto: Leone Iglesias / AT

Com o passar dos anos, a prática da escrita à mão, principalmente com a letra cursiva, entrou em “desuso”. Se antes era comum receber elogios sobre a letra, hoje essa prática tem sido cada vez menos comum, até mesmo na escola.

Um dos motivos para que o antigo hábito esteja caindo no esquecimento é a tecnologia. Mas especialistas defendem a exigência da escrita à mão nas escolas.

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No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o ensino da habilidade de se escrever em letra cursiva nos primeiros anos do ensino fundamental.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, a escrita à mão havia saído do currículo em 2010. Porém, este ano, crianças do primeiro ao sexto ano de escolas públicas devem voltar a aprender a escrever em letra cursiva. O Canadá foi outro país que tentou descartar a escrita cursiva, mas voltou a ensiná-la em 2023.

A escrita cursiva ainda é amplamente ensinada na Europa Ocidental, em particular em países como Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal e França.

Mas qual seria o impacto de aprender esse tipo de escrita?

Uyara Moulin Novaes, professora, neuroeducadora e Membro da Sociedade Brasileira de Neuroeducação explica que a escrita à mão facilita a aprendizagem, desenvolve a coordenação motora e, principalmente, o desenvolvimento cognitivo.

“Ao escrever temos que prestar atenção nas palavras, no contexto, ajudando na concentração. Ativando assim as conexões neurais. Ou seja, melhora a memória e possibilita mais criatividade”.

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|  Foto: Divulgação

A neurologista Soo Yang Lee destaca que é importante que seja estimulada a escrita, tanto cursiva quanto a de caixa alta.

“A caligrafia cursiva, por ser mais complexa, exigindo maior coordenação motora, acaba estimulando mais o cérebro. Mas é importante considerar que crianças disléxicas podem ter dificuldade com esse tipo de escrita. Portanto, os professores devem ficar atentos a essa situação para não forçarem inadequadamente as crianças com essas limitações”, alerta.

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|  Foto: Divulgação

Segundo a médica, o cérebro é como um músculo que precisa ser constantemente estimulado, precisando sempre de novos desafios.

Incentivo da mãe

No segundo ano do ensino fundamental, Lívia Bacellar, de 7 anos, frequentemente é incentivada pela mãe, a engenheira civil Paula Bacellar, 39, a escrever com letra cursiva cartinhas para a família, lista de compras e de convidados de aniversários, por exemplo.

“Apesar de ser mais desafiador esse tipo de grafia, quando aprendem, eles ficam bastante empolgados, e começam a se interessar em ler as coisas do nosso dia a dia”, afirmou Paula.

Escrever em outro idioma pode prevenir Alzheimer

Por mais que a escrita à mão beneficie o cérebro, será que ela previne demências como o Alzheimer?

“A escrita manual, por si só, não previne demências, a não ser que sejam estimuladas escritas diferentes, como em outras línguas”, explica a neurologista Soo Yang Lee.

“Como sempre, o cérebro deve estar constantemente desafiado. A prevenção da doença de Alzheimer passa por medidas diferentes, desde dieta adequada, atividade física e, aí sim, estimulação cognitiva diversificada”, completa a médica.

A neurologista destaca que a escrita manual exige mais trabalho do que simplesmente digitar, principalmente a escrita cursiva. “Melhor ainda se a pessoa tentar escrever em outras línguas, principalmente se associar alfabetos baseados em ideogramas, como são as orientais”.

Entre os fatores de risco para o Alzheimer, segundo o Ministério da Saúde, está o baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem maior quantidade de estímulos cerebrais.


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Ensino da letra cursiva

Brasil

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o ensino da habilidade de se escrever em letra cursiva nos primeiros anos do ensino fundamental do País.

Mundo

Na Califórnia, nos Estados Unidos, a escrita à mão havia saído do currículo em 2010, mas, este ano, crianças do primeiro ao sexto ano de escolas públicas devem voltar a aprender a escrever em letra cursiva. Ainda assim, nos Estados Unidos, embora o ensino da cursiva esteja voltando, ele não é padronizado.

O Canadá foi outro país que tentou descartar a escrita cursiva, mas voltou a ensiná-la em 2023.

A escrita cursiva ainda é ensinada na Europa Ocidental, em particular em países como Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal e França.

A Finlândia pôs fim à exigência da escrita cursiva na escola em 2016.

Motivo

Especialistas apontam a tecnologia como principal motivadora da pouca prática da escrita à mão.

A neurologista Soo Yang Lee explicou que existe uma área do cérebro específica para a escrita. E a condição em que a pessoa tem dificuldade em escrever é chamada de disgrafia.

a neuroeducadora Uyara Moulin Novaes destaca que ao digitar, geralmente, utiliza-se apenas os polegares, fixa-se os olhos, o que compromete a acuidade visual e deixa-se o pescoço projetado para frente. A longo prazo pode trazer prejuízos fisiológicos. Portanto, é preciso usar A tecnologia com cautela.

Benefícios da escrita à mão

A caligrafia cursiva, por ser mais complexa, exige maior coordenação motora e estimula mais o cérebro. A atenção que é empregada durante a escrita ajuda na concentração e ativa as conexões neurais.

Fonte: BBC Brasil e especialistas consultados pela reportagem.

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