Ensino médio do Estado é o melhor do País, diz Ministério da Educação
Dados foram divulgados nesta quarta-feira (14) e celebrados pelo governo do Espírito Santo
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O Espírito Santo está em primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) quando avaliado o ensino médio tradicional e o ensino médio integrado à educação profissional. Nesse quesito, o Estado alcançou 4,8 pontos, juntamente com Goiás. Já na segunda colocação no ranking ficou o Paraná, com índice de 4,7.
Os dados do Ideb, indicador que mede a qualidade da educação no Brasil, foram divulgados nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Considerando o Ensino Fundamental I (do 1º ao 5º ano), o Estado ficou na 5ª posição, com nota 6,3. No Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), obteve a terceira melhor nota: 5,3.
O governador do Estado, Renato Casagrande, frisou que esses são os melhores resultados da série histórica do Espírito Santo. "No Ensino Médio, alcançamos a primeira colocação entre os estados do Brasil. Mas, mais do que estar em primeiro lugar ou bem posicionado, estamos à frente do resultado de antes da pandemia. Isso demonstra a nossa capacidade de recuperação", destacou o governador.
O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, explicou que, nos anos iniciais do ensino fundamental, há uma piora no fluxo, que é a divisão entre o número de alunos aprovados pelo total de alunos matriculados. "Um desafio é olhar com mais atenção para a aprovação e o abandono, que levam à reprovação", afirmou o secretário.
Entre os fatores que explicam a melhoria do Ideb no Espírito Santo, o governo destacou o desenvolvimento de ações como a intervenção pedagógica, que visa a reduzir as desigualdades e dificuldades de aprendizagem; o apoio aos municípios por meio do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (Paes); o monitoramento da frequência dos estudantes; e o monitoramento do aprendizado.
Melhora nas notas na rede particular
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 apontaram uma melhora na qualidade da educação, não apenas na rede pública do Estado, mas também na rede particular. Nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), o índice, que ficou em 7,4 em 2021, voltou a 7,6 em 2023, alcançando o mesmo patamar anterior à pandemia de COVID-19.
Nos anos finais, o índice também subiu de 6,6 em 2021 para 6,7 pontos em 2023. O mesmo aconteceu no ensino médio, que havia caído para 5,6 pontos em 2021, mas em 2023 voltou a subir para 5,8.
O presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe/ES), Moacir Lellis, celebrou o crescimento das notas da rede particular no Ideb. "Sabemos que os resultados da rede particular puxam para cima a média do Espírito Santo, e estamos orgulhosos de nossas escolas apoiarem o Estado nesse sentido e terem se dedicado em prol da melhora do aprendizado dos alunos."
Ele enfatiza que, ao unir as notas das redes pública e privada, vemos que estamos caminhando na direção certa: o Espírito Santo está entre os primeiros lugares no ensino médio no país. Ele destacou, ainda, o bom desempenho no ensino fundamental 1 e 2. "Sabemos que ambas as redes podem e devem crescer ainda mais, porém, temos de comemorar esses resultados!"
Nacional
No cenário nacional, o desempenho das escolas particulares do Brasil ficou estagnado, sem atingir as metas de aprendizado em nenhuma das etapas da educação básica. Ainda assim, a rede privada continua com resultados superiores aos da rede pública em todas as etapas avaliadas.
Os dados foram apresentados ontem pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e Manuel Palácio, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pelos indicadores educacionais. A rede privada de ensino registrou melhora apenas nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). O Ideb dessa etapa foi de 7,2 em 2023. Nas duas edições anteriores do indicador, a média tinha sido de 7,1.
O Ideb é produzido a cada dois anos para os anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental.
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