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Economia

Vale a pena a nova geladeira?

Especialista disse que, apesar do preço mais alto na compra, com o passar dos anos menor consumo de energia vai garantir economia


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Imagem ilustrativa da imagem Vale a pena a nova geladeira?
Geladeiras em loja: fabricantes começam a ter de produzir novos modelos mais eficientes a partir deste ano |  Foto: Divulgação

A mudança nas regras para a produção de geladeiras a partir de janeiro tem provocado o questionamento: afinal, vale a pena gastar mais dinheiro em uma geladeira mais eficiente?

De acordo com a Rede Kigali, que reúne organizações da sociedade civil pela eficiência energética, o valor pago pelo eletrodoméstico irá ficar de R$ 86 a R$ 200 mais caro após a mudança. A entidade que representa a indústria, porém, prevê valores bem maiores.

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Embora em um primeiro momento seja provável que o custo da geladeira seja alto, no médio e longo prazos o preço tende a se reduzir, segundo o engenheiro eletricista e membro do Conselho Temático de Infraestrutura e Energia da Federação das Indústrias (Findes), Carlos Jardim Sena.

“Com o aumento da escala da produção e com base na lei da oferta e demanda, já que espera-se que haja uma queda inicial no volume de compras, o preço tende a cair e as vendas a se estabilizar”, diz o especialista.

A regra é que o consumo de energia elétrica das geladeiras fique no máximo em 85,5% do consumo padrão de energia atual. Até 2027, esse teto será reajustado em 90%.

As melhorias aplicadas pela indústria podem envolver a utilização de um gás refrigerante mais eficiente — e mais caro —, compressores com um menor consumo de eletricidade, melhorias no isolamento térmico e de controle da temperatura interna e um melhor projeto do trocador de calor (serpentinas), afirma Sena.

“Ou seja, estamos falando, sobretudo, de melhorias em engenharia de materiais e de controle e automação”, diz.

Os refrigeradores são essenciais e também grandes consumidores de energia, o que provoca impactos no orçamento doméstico.

O economista e professor universitário Antônio Marcus Machado avalia que, caso o custo seja alto, o governo institua uma política de troca.

“As pessoas de maior poder aquisitivo têm condição de comprar, mas as de menor poder aquisitivo não. É importante uma política econômica e social para receber as geladeiras que consomem muita energia e trocar, facilitando o consumo mais sustentável.”

A projeção é que, para 2026, 38% dos produtos no mercado poderão ser mantidos como estão, segundo a Rede Kigali, que prevê também economia de energia de 8,67 TWh (terawatt-hora) para o País entre 2026 e 2030.

Entenda

Nova regra a partir de janeiro

Chamada de Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, a regra determina novos Índices de Eficiência Energética. A resolução inclui refrigeradores e congeladores de uso doméstico, de fabricação nacional ou importados, para comercialização ou uso no Brasil.

É dividido em duas etapas: a primeira começa em 2024 e termina em 2025, e a segunda inicia em 2026 e encerra em 2027.

Para a primeira etapa, ficou estipulado 85,5% do consumo padrão de energia, enquanto a segunda será 90% do consumo padrão.

O objetivo é retirar gradativamente do mercado os equipamentos de menor eficiência. Segundo o governo federal, com a mudança, a partir de 2028, os produtos que estarão disponíveis nas lojas serão, em média, 17% mais eficientes.

A medida gera obrigações apenas para os fabricantes, importadores e comercializadores dos equipamentos, e não para os consumidores.

Novas tecnologias

As melhorias podem envolver a utilização de um gás refrigerante mais eficiente, compressores com um menor consumo de eletricidade, melhorias no isolamento térmico e de controle da temperatura interna, um melhor projeto do trocador de calor, entre outros.

Ou seja, as melhorias em engenharia de materiais e de controle e automação deverão colocar os equipamentos num patamar mais econômico.

Especialista avalia que se a indústria deixar de focar na perfumaria (telas de led, programação de ciclos, etc) para focar na eficiência do processo de refrigeração, será possível alcançar os resultados almejados sem aumento nos preços.

Fonte: UOL e especialista citado


Empresas, associação e governo não se entendem

Na contramão do que governo e organização ligada à sociedade civil dizem, a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) prevê uma grande alta no preço das geladeiras após a nova resolução.

De acordo com a entidade, a nova regra fará com que a comercialização predominante seja de produtos considerados de alto padrão, com custo médio de 4 a 6 vezes o salário mínimo, afirmou por nota.

Considerando o salário mínimo em 2023, equivaleria a um preço médio entre R$ 5.280 e R$ 7.920.

Perguntado pela reportagem, a entidade não detalhou as mudanças que serão implementadas pela indústria que justificam o preço.

O governo federal discorda do valor. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os dados apresentados pela Eletros não condizem com a realidade. Para o MME, a projeção de aumento dos produtos seria de cerca de 23%. “O equivalente a uma diferença de aproximadamente R$ 350 do preço praticado hoje”, afirmou a pasta.

Palavra de lojista

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Milton Massa é gerente-geral comercial das lojas Sipolatti |  Foto: Divulgação

Sem alta nos preços

O aumento no valor de produtos não será sentido no mercado devido à nova regra. É o que afirma o gerente-geral comercial das Lojas Sipolatti, Milton Massa. Segundo ele, as indústrias já vêm se adequando aos novos padrões e a loja fazendo as mudanças de classificação.

Hoje, 100% das geladeiras já são vendidas nos padrões exigidos, segundo o lojista, que destaca que a negociação deixará o produto no mesmo patamar de preço do ano passado.

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