X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Petróleo em terra atrai mais uma empresa para o ES

A mineira Elysian comprou 10 blocos para exploração em terra em São Mateus e deverá investir 16 milhões de reais


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Petróleo em terra atrai mais uma empresa para o ES
Sondas em terra: representante da Elysian fala em “milagre de Deus” com existência de petróleo em todas as áreas |  Foto: Divulgação

Uma empresa mineira com apenas quatro meses de existência comprou 10 blocos para exploração de petróleo em terra em São Mateus, na região Norte do Espírito Santo.

A venda ocorreu em um leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na manhã da última quarta-feira (13), em um hotel no Rio de Janeiro.

Leia mais sobre Economia

A Elysian Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural Ltda, fundada em agosto, pertence ao empresário Ernani Machado, que também administra uma empresa de tecnologia chamada JMM Tech, desenvolvedora de softwares para empresas.

A empresa irá pagar R$ 510 mil pelo direito de exploração das terras e deverá investir R$ 16 milhões nos blocos de São Mateus, diz o jornal Valor Econômico.

O arremate é encarado como uma surpresa pelo consultor empresarial Durval Vieira de Freitas, fazendo referência ao pouco tempo de existência e à falta de experiência dela no setor.

A avaliação é que o momento é o ideal para investimentos em petróleo ocorrerem, dado o progresso da transição energética.

“A gente tinha a expectativa que o petróleo iria predominar até 2050. Agora, a gente está falando em até 2030. Precisa tirar esse petróleo agora. Ainda é viável, temos petróleo e é um bom negócio”, comenta Durval.

Com nenhum empregado fixo, a empresa deve contratar quarenta pessoas nos próximos dias, segundo a Agência Brasil. Para o Estado, a projeção é que os empreendimentos criem de 20 a 30 vagas diretas no início, para profissionais como geólogos, geofísicos, engenheiros mecânicos, eletricistas e técnicos em Mecânica e Meio Ambiente.

“Nessa fase de pesquisa os empregos são de maior valor agregado, mas não são muitos. São pessoas especializadas”, afirma.

O impacto deve ser sentido, porém, no aluguel de sondas, nos postos de gasolina, em hotéis e restaurantes, podendo multiplicar por cinco o potencial de empregos, avalia o especialista.

Outros 90 blocos foram arrematados pela mesma empresa nas bacias de Potigar e Sergipe-Alagoas, em uma transação de R$ 12 milhões em bônus de assinatura.

"São várias áreas porque a minha probabilidade de ter petróleo em todas é um milagre de Deus. Então, eu tenho que levar em consideração que eu terei sucesso em 20% das áreas”, afirmou Ernani à Agência Brasil.

Saiba mais

Bacia do Espírito Santo

Os blocos para exploração de petróleo arrematados pela Elysian no leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) ficam localizado em uma região em terra - também chamado de onshore - em São Mateus, no Norte do Espírito Santo.

O campo começou a ser explorado em 1958 e teve o primeiro poço perfurado em 1968, considerado o primeiro do Brasil. Nesse caso, foi em alto mar - ou offshore. As descobertas de petróleo em terra na região começaram no ano seguinte, em 1969.

Ao todo, os três setores onde ficam os blocos arrematados possuem juntos 68 blocos exploráveis, em uma área de mais de 2,1 mil quilômetros quadrados, segundo dados de 2003 da ANP.

Produção onshore

A exploração de petróleo em terra na região Norte não é novidade e já possui outro ator importante. A norueguesa Seacrest Petróleo chegou a anunciar no início do mês um investimento de R$ 1,9 bilhão para ampliar a produção de barris no Estado.

A previsão é que 2 mil empregos diretos e indiretos sejam criados na região em cinco anos com a aplicação, como noticiado pelo jornal A Tribuna.

Hoje a produção é de 10 mil barris por dia. A expectativa é passar para 30 mil barris de petróleo diários nos próximos anos.

Novata no ramo

A Elysian Ltda possui apenas quatro meses de existência e ainda não tem funcionários fixos, revela uma reportagem da Agência Brasil.

Ela pertence ao empresário mineiro Ernani Machado, também dono de uma empresa de tecnologia.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, afirmou que a empresa estava apta a participar da concorrência pública e apresentou as garantias. “Se não, não teria sido nem qualificada para o leilão”, disse.

Agora, deverá comprovar a capacidade técnica de realizar a exploração de petróleo na área, com investimentos de R$ 16 milhões em São Mateus.

Fontes: Agência Brasil, Valor Econômico e ANP


Estudos na terra adquirida

O arremate não é o final das avaliações da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) a respeito da empresa. Com o termo de investimento firmado, agora a Elysian terá de comprovar as condições técnicas e econômico-financeiras para cumprir o que prometeu.

Para isso, terá de realizar os investimentos mínimos na ordem de R$ 16 milhões em São Mateus - e R$ 400 milhões, quando somadas outras áreas.

Estudos nas terras adquiridas também serão realizados pela empresa para comprovar a oferta de petróleo na área, explica o consultor empresarial Durval Vieira de Freitas.

“A potencialidade para a exploração é no Norte do estado. O Espírito Santo é o único estado brasileiro que explora petróleo em terra e no mar. Existem pesquisas sísmicas que são feitas pela ANP para fazer a oferta. Agora têm que ser comprovadas com pesquisas físicas”.

A previsão é que, com o trâmite, o início da produção de fato comece no prazo de dois a três anos.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: