X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Importados diminuem preços, mas são ameaça a empregos no Brasil

Chegada de produtos importados aumenta a concorrência e deixa mercadorias em conta, mas coloca em risco a economia brasileira


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Importados diminuem preços, mas são ameaça a empregos no Brasil
Carros importados chegam ao Terminal Portuário de Vila Velha: automóveis entre os produtos vindos do exterior |  Foto: Marcio Auriema/Log-In

A “invasão” de produtos importados, vindos de países com custo de produção mais baixo e ajuda governamental aos produtores, como a China, tem trazido opções com preços mais baixos ao mercado. Mas empresários alertam que, ao mesmo tempo em que acirra a concorrência, essa situação ameaça empregos.

As indústrias de vestuário e siderúrgica sempre enfrentaram a concorrência da indústria chinesa, mas neste ano houve um aumento significativo na participação dos importados nos dois setores, que reivindicam medidas de proteção às fábricas do País e do Estado.

Isso inclui eletrônicos e automóveis, como híbridos e elétricos que chegam ao País pelo Terminal Portuário de Vila Velha. Com a economia chinesa crescendo menos, a indústria de lá aumenta as exportações, principalmente para países onde não há restrição e onde seus produtos são mais competitivos.

O economista Ricardo Paixão disse que, em alguns setores, o comércio digital vem se expandindo pela maior oferta de produtos e facilidade: “Um produto comprado da China, em poucos dias, chega à casa do consumidor, e sai mais em conta.”

O presidente do Conselho Regional de Economia no Estado (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto, disse que um dos motivos é que o País e o Estado exportam muitas commodities (matérias-primas) como minério, soja e milho, e importa os produtos industrializados, de maior valor agregado.

“Tem de haver uma política de governo de maior industrialização do País, para se ter condições de transformar a commodities. E tem de ter indústrias competitivas para não precisar importar.”

Ele disse que algumas empresas estrangeiras ainda não veem muitas vantagens de se instalar no Brasil e no Estado, pois os custos de produção são altos.

Com essa explosão de importações, com compras diretas no exterior, cabe um monitoramento do País, para não estar expondo setores da indústria a uma concorrência desleal, segundo Paixão. “É preciso saber a origem da produção desses produtos, se são países democráticos, que tenham um padrão de produção próximo do nosso, e respeite as leis de direitos humanos”.

Governo federal cita imposto entre medidas de proteção

Diante de pedidos de empresários e economistas, o governo federal disse que trabalha o tempo todo pelo aumento da competitividade da indústria do País.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), usam para isso os instrumentos cabíveis.

“Entre eles a calibragem do imposto de importação, os programas de compras públicas e os mecanismos de incentivos fiscais, que buscam estimular e fortalecer a produção nacional, respeitando acordos, regras e convenções internacionais de comércio”, disse em nota.

A pasta informou também que é um trabalho permanente que tem resultado em várias ações e decisões favoráveis à indústria brasileira. Citou como um dos exemplos a retomada, a partir do mês que vem, do imposto de importação para veículos eletrificados.

Nesse caso, foi estabelecida uma retomada gradual das alíquotas e cria cotas iniciais para importações com isenção até 2026.

Competitividade

O deputado federal e líder da bancada capixaba, Josias da Vitória, destacou que é preciso diálogo para construir medidas para preservar a indústria do aço, postos de trabalho e competitividade.

“Alguns produtos já tiveram antecipada a redução da tarifa de importação em setembro. Como nosso Estado tem nesse setor um grande gerador de empregos, a bancada está a disposição para participar desta construção”.

Efeitos da "invasão" de importados

Benefícios

Muito barato

É um dos principais motivos que têm levado brasileiros a preferir a compra de produtos importados, principalmente de origem asiática, com destaque para as compras on-line.

No setor de siderurgia, o aço que está entrando no País está barateando o preço do produto para o consumidor.

Entrega rápida

No caso de compras on-line, os prazos de entrega, que até pouco tempo atrás eram o principal empecilho para a compra de produtos de fora, vêm caindo drasticamente, com itens de Shein e AliExpress chegando em prazos de até 10 ou 15 dias — houve um tempo em que as entregas levavam literalmente meses para chegar.

Isso acontece porque as asiáticas já entendem o Brasil como um de seus principais mercados internacionais e passaram a investir pesado em vendedores locais, centros de distribuição e parceiros de entrega.

Quando se fala em importados chineses, antes as empresas enviavam as mercadorias por navios, o que há alguns anos é feito por aviões.

Desvantagens

Concorrência desleal e venda de produtos falsos

As companhias de varejo digital brasileiras, por exemplo, têm um discurso afinado – e afiado – para revidar a invasão das empresas asiáticas ao País. Elas dizem que as asiáticas estariam se aproveitando de brechas que lhes permitem vender aqui sem pagar impostos e mesmo comercializar produtos ilegais.

Queda no faturamento

No setor de vestuário, a importação de produtos de origem asiática, vindos principalmente da China, para o Estado, trouxe problemas não só para quem trabalhava na fabricação, mas mexeu também com outro lado desse setor, ou seja, com a venda de roupas e tecidos no varejo, com queda no faturamento dos lojistas nos últimos anos.

Ameaça aos empregos

No setor de vestuário, muitas empresas acabaram encolhendo e com isso demitindo trabalhadores.

No setor de siderurgia, empregos podem deixar de ser criados no Estado, caso o investimento no Laminador de Tiras a Frio (LTF) que está em análise para a unidade, seja adiado no ano que vem.

Em outros estados, algumas empresas já têm demitido ou falado em férias coletivas e paradas técnicas.

Dificuldades

Para a economia brasileira, não é tão bom, porque o País não consegue concorrer em alguns produtos, principalmente os de alta tecnologia que são importados: celulares, computadores, e automóveis em alguns casos, por exemplo.

Então, o Brasil tem dificuldades de concorrência com alguns países que tem um diferencial de competitividade melhor que aqui, pois o custo para se produzir lá é menor, mesmo com frete internacional.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: