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Economia

EUA e crise no Oriente Médio afetam economia no ES

Manutenção dos juros na maior economia do planeta e aumento do preço do petróleo tendem a provocar alta de preços no Brasil


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Imagem ilustrativa da imagem EUA e crise no Oriente Médio afetam economia no ES
Sistema de defesa Domo de Ferro usado por Israel intercepta mísseis e drones iranianos: apreensão global |  Foto: Divulgação

Fatores internacionais como a tensão no Oriente Médio após o ataque do Irã com drones e mísseis contra Israel no último fim de semana ou a taxa de juros cada vez mais alta no Estados Unidos poderão afetar diretamente a economia brasileira e capixaba.

No caso do Irã, o impacto deve ocorrer no preço internacional do barril de petróleo, já que o país está entre os 10 maiores produtores de petróleo do mundo, com média de 4 milhões de barris diários em 2023, segundo dados da Administração de Informações de Energia do Departamento de Energia dos EUA. Responde por 4% da produção global, mesma fatia do Brasil.

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Por isso, o conflito poderá aumentar a pressão sobre a Petrobras por um reajuste nos combustíveis, segundo economistas.

O consultor do Tesouro Estadual e conselheiro do Conselho Federal de Economia, Eduardo Araújo, explica que o efeito no Estado é “paradoxal”, porque será prejudicial para a população, mas pode favorecer os cofres públicos:

“Pode provocar inflação, pois aumenta o custo de produção e transporte de quase todos os produtos, o que resultará numa diminuição do poder de compra geral. Por outro lado, vai aumentar significativamente as receitas estaduais e municipais por meio dos royalties do petróleo.”

O conflito também tende a pressionar o dólar e deixar o Federal Reserve (FED, o banco central americano) mais cauteloso na esperada queda de juros, diminuindo o espaço para as reduções da taxa básica, a Selic, no Brasil.

“O preço do petróleo vai subir com a expectativa do que pode acontecer nos próximos dias e se o conflito vai escalar. O temor é que uma guerra possa afetar a oferta de petróleo, já que o Irã conta com refinarias, por exemplo”, disse Cleveland Prates, professor de Economia da FGV Direito SP.

Inflação

Já no caso da taxa de juros dos EUA, Araújo explica que esse ponto impacta o câmbio ao fortalecer o dólar frente ao real.

“Isso torna as importações mais caras, o que afeta preços de importados e componentes industriais, o que pode levar a aumento geral de preços e aumentando a inflação. Pode forçar o Banco Central do Brasil a ajustar a taxa de juros nacional, o que impacta no crédito, investimentos e consumo.”

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