X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Estação da Petrobras no Sul do ES pode virar indústria de hidrogênio

Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, em Anchieta, vai ter a operação interrompida a partir de julho, mas deve ser aproveitada


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Estação da Petrobras no Sul do ES pode virar indústria de hidrogênio
UTGSul tem hoje 15 profissionais trabalhando atualmente. Todos serão transferidos e não haverá demissões, segundo o Sindicato dos Petroleiros |  Foto: Petrobras

Inaugurada em outubro de 2010, a Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTGSul), em Anchieta, terá a sua operação interrompida pela Petrobras por tempo indeterminado e, segundo especialistas do setor, pode virar indústria de hidrogênio.

A previsão é que a Petrobras interrompa a operação a partir de julho, como destaca Cris Samorini, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Leia mais sobre Economia

“O que a estatal informou, a partir de um pedido da Findes, é que a planta não irá hibernar. Uma equipe de manutenção será mantida permanentemente no local, sendo preservada uma espécie de prontidão para o caso de voltar a tratar gás, se houver novas descobertas ou se for definida a operação de outro tipo de combustível de transição (energética) que se adeque à unidade”, disse Cris Samorini.

Oficialmente, a Petrobras informou que a UTGSul encontra-se atualmente disponível para processamento de gás e dentro da sua capacidade nominal de operação.

CEO da DVF Consultoria, Durval Vieira de Freitas, diz que a tendência é a Petrobras estudar o aproveitamento da UTGsul para outra atividade, como produção de hidrogênio azul ou verde.

“Nós estamos vivendo no momento de transição energética forte no mundo e aqui no Estado houve um erro estratégico de implantação das unidades de tratamento de gás. Esperava que teria mais gás e isso não ocorreu”, afirmou Durval.

Ele acrescentou que, como a UTGSul é uma unidade moderna, com equipamentos modernos, crê que a Petrobras vai estudar uma forma de aproveitar para outra utilização.

“Tudo nos leva a crer que essa unidade será adaptada para geração de algum outro tipo de energia. A tendência é a produção de hidrogênio, utilizando energia eólica (verde) ou mesmo uma energia térmica a base de gás (azul)”.

Se confirmado esse cenário, ele prevê a contratação de profissionais altamente qualificados, a exemplo de engenheiros químico, mecânico, de automação, de programação, além de técnicos de meio ambiente, de segurança do trabalho, de manutenção, e outros.

Coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro-ES), Valnísio Hoffmann, disse que os profissionais da UTGSul não serão demitidos. “Eles estão sendo transferidos. Era cerca de 50 (início de 2023) e hoje deve ter em torno de 15, mas todos com vagas já garantidas em outras unidades”.

Entenda

Interromper a operação

A Petrobras deve interromper, a partir de julho, por tempo indeterminado, a operação da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTGSul), localizada em Anchieta.

A unidade recebe e processa gás dos campos de produção marítimos do chamado Parque das Baleias, no Sul do Estado.

Capacidade de processamento

É de 2,5 milhões de m de gás por dia. Segundo dados mais recentes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2022, a capacidade ociosa da unidade era de 95,5%.

Atualmente, a UTGSul trata uma pequena parte do que ainda vem do campo de Jubarte.

Segundo a companhia, esta é uma unidade que tem tecnologia mais aderente ao gás do pós-sal, porém, a maior parte da produção da estatal vem do pré-sal e tem sido direcionada para a unidade de tratamento de Cacimbas, em Linhares, equipada com uma tecnologia mais adequada a este tipo de combustível.

Equipe mantida

A Findes informou que uma equipe de manutenção será mantida permanentemente no local, sendo preservada e mantida em uma espécie de prontidão para o caso de voltar a tratar gás, caso haja novas descobertas ou seja definida a operação de algum outro tipo de combustível de transição (energética) que se adeque à unidade.

A possível desativação foi revelada por A Tribuna no dia 4 de fevereiro.

Tendências

Fábrica de combustível

Na avaliação do CEO da DVF Consultoria, Durval Vieira de Freitas, é a Petrobras deverá estudar o aproveitamento da UTGsul para outra atividade, como produção de hidrogênio.

Outros projetos

O coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), Valnísio Hoffmann, citou outros possíveis projetos. São eles:

Injeção de CO2 resultado da queima industrial proveniente de empresas privadas;

Reabertura da unidade para receber gás de possíveis poços (estão sendo perfurados alguns no litoral capixaba);

Reabertura da unidade para recebimento de gás via navios. “É a transferência de gás de uma plataforma utilizando um navio próprio para essa operação levando esse gás para unidade em terra”.

Fonte: Findes, Sindipetro-ES e Durval Vieira


Fusão entre petrolíferas vai acelerar investimentos

A fusão entre “pequenas” empresas de petróleo vai acelerar investimentos no Estado. A PetroReconcavo assinou parceria com a Seacrest para perfuração de 300 poços no Estado e a 3R encaminhou fusão com a Enauta.

Já a Maha Energy propôs a fusão entre a 3R e a PetroReconcavo, combinação que resultaria numa produção de 80 mil barris diários. A fusão com a Enauta não impediria uma fusão futura com a PetroReconcavo.

Durval Vieira de Freitas, diz que essa é uma tendência do mercado para redução de custos e melhorar a competividade das empresas.

Coordenador-geral do Sindipetro-ES, Valnísio Hoffmann, ressalta que empresas de pequeno porte acabam ficando limitadas nos investimentos.

“Vamos torcer para que os investimentos sejam concretizados aqui no Estado. O nosso único receio é que muitas promessas foram feitas por empresas do setor e até agora os investimentos não saíram do papel”, finaliza.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: