Entrega de produtos atrasada com greve de servidores
Paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal foi intensificada e vai prejudicar chegada de itens importados
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A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que foi intensificada nesta semana, atrasa entrega de produtos comprados fora do País e prejudica até mesmo a exportação de mercadorias como café e mármore.
Desde a última segunda-feira (22), em Vitória, teve início o movimento “desembaraço zero” das mercadorias que dependem da liberação desses profissionais, que na prática significa a não liberação de nenhuma carga para importação ou exportação.
De acordo com o Sindicato dos Auditores Federais do Brasil, só serão liberadas cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos.
Umas das reivindicações da categoria é o aumento do bônus por desempenho que foi criado em 2017. Em concurso realizado recentemente, o salário inicial da função foi de R$ 21.029,09.
Segundo o sindicato, os Auditores-Fiscais aguardam a concretização do acordo que deu origem à Lei 13.464, regulamentada em junho do ano passado. Dessa forma, o bônus passaria de R$ 3 mil para R$ 7,5 mil.
O delegado da alfândega do porto de Vitória, Douglas Koehler, explicou que de um total de 101 funcionários, 50 são auditores. “Praticamente 100% aderiram a greve”, explicou.
Uma das preocupações dele é que a repressão ao contrabando e o descaminho (desvio de mercadoria para não pagar imposto) também foi afetada. “Antes da greve estávamos fazendo apreensões de R$ 1 milhão por mês”.
Ele explicou que entre as consequências previstas para o consumidor final estão atrasos na chegada de mercadorias importadas. “Tem uma tendência de aumentar o prazo de entrega das mercadorias e prejudica a exportação de produtos, como café e granito”.
Além disso, a situação no País já sobrecarrega portos e aeroportos com as cargas paradas. Ao longo da semana, as consequências devem se intensificar.
Em alguns estados, com no Paraná, a previsão é de que as entregas atrasem duas semanas. Procurados, o Sindicato do Comércio de exportação e importação do estado do Espírito Santo (Sindiex) e a Receita Federal não responderam até o fechamento desta edição.
Entenda
Greve
A greve dos auditores fiscais começou no ano passado e foi intensificada nesta semana. Entre as consequências, ela atrasa a entrega de produtos comprados fora do País e prejudica até mesmo a exportação de mercadorias como café e mármore.
Desde segunda-feira (22), em Vitória, teve início o movimento “desembaraço zero” das mercadorias que dependem da liberação.
O movimento está previsto para funcionar até sexta (26). Na prática, significa a não liberação de nenhuma carga para importação ou exportação. Exceto as cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos.
Aumento de bônus
Uma das reivindicações dos auditores é o aumento do bônus desempenho de R$ 3 mil para R$ 7,5 mil. Em concurso realizado recentemente, o salário inicial foi de R$ 21.029,09.
Vitória
Na capital, dos 101 funcionário da Alfândega, 50 são auditores fiscais e praticamente todos aderiram.
O Sindicato do Comércio de exportação e importação do estado do Espírito Santo e a Receita Federal não responderam até o fechamento.
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