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Economia

Empresas buscam quem tem mais de 40 anos para trabalhar

Pesquisas revelam que houve aumento nas contratações de profissionais nesta faixa etária. Empresas buscam experiência


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Imagem ilustrativa da imagem Empresas buscam quem tem mais de 40 anos para trabalhar
Gisélia Freitas lembra que profissionais acima dos 40 anos souberam buscar formas de equilíbrio na crise |  Foto: Leone Iglesias/AT

O mercado de trabalho está em constante transformação, e isso é refletido no perfil ideal do profissional buscado pelas empresas. Pesquisas revelam que, até o segundo trimestre deste ano, houve aumento nas contratações de funcionários com idade acima de 40 anos.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros com mais de 40 anos que estão empregados ou procurando trabalho passou de 42,9% no 4º trimestre de 2019 para 44,1% no segundo trimestre deste ano, um aumento de 1,7 milhão.

De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 57% da força de trabalho no País terão mais de 45 anos em 2040. E as empresas já caminham por esse lado, com cada vez menos preconceitos contra os chamados profissionais maduros.

Conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado (ABRH-ES), Cosme Péres destaca que um dos pontos que as empresas estão observando é a experiência desses profissionais.

“Aquela ideia antiga de que profissionais nessa idade já estão pensando na aposentadoria mudou. Os candidatos estão cada vez mais buscando se qualificar e ficar mais antenados com as novas tecnologias”.

Especialista em pessoas e carreiras, Gisélia Freitas lembra que a pandemia fez com que muitas empresas passassem a ter um outro olhar sobre profissionais com mais idade. “Profissionais acima dos 40 anos souberam buscar formas de equilíbrio no momento de crise com a pandemia e se adaptaram melhor ao home office”, destaca.

Gisélia diz também que alguns cargos, principalmente em momentos de crise, necessitam de profissionais mais preparados.

“As empresas acabam investindo em profissionais jovens, pois têm a base salarial menor. Os profissionais maduros, com mais experiência e prática de mercado, chegam a ter custos até 60% maiores  que os jovens. Mas as empresas estão observando que contratar somente mais novos não é o ideal”.

O conselheiro da ABRH-ES destaca que os profissionais devem sempre buscar se atualizar, com cursos, novas ferramentas e tecnologias, com o intuito de estarem cada vez mais preparados para o que o mercado exige.

Vantagem com equipe experiente

O profissional acima dos 40 anos traz diversos benefícios para as empresas. Geralmente, essas pessoas se depararam com situações adversas e podem utilizar a experiência para resolver problemas ou aproveitar oportunidades que surgirem, de acordo com os especialistas. 

Conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado (ABRH-ES), Cosme Péres  destaca a importância das empresas investirem na diversidade geracional, que é o conjunto de profissionais de diferentes faixas etárias que trabalham em um mesmo ambiente ou setor.

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Cosme Péres: diversidade |  Foto: Divulgação

“Mesclando os diferentes perfis de idade promove diferentes perspectivas, com olhar diferente. E os maduros servem como referência para os mais novos”, diz.

Segundo Péres, o mercado tem preferência pelos chamados profissionais maduros para cargos de liderança geral e intermediária, mas também para  funções  que lidam diretamente com o público.

“Muitos desses trabalhadores são, via de regra, para cargos de liderança, mas há também aqueles que ocupam  outras funções, como de atendimento em call center, por exemplo, em que é necessário ter calma e saber lidar com as circunstâncias”, destaca o conselheiro.

Segundo a especialista em pessoas e carreiras Gisélia Freitas, outro benefício para as empresas são a maior estabilidade dos profissionais maduros.

“Os mais jovens tendem a ficar menos tempo no cargo, o que gera uma alta rotatividade. Diferente disso, os mais experientes têm a característica de ficar muito mais tempo no mesmo emprego”, diz.

De acordo com os especialistas, a orientação que esse grupo pode proporcionar deve ser utilizada pelos demais colaboradores, principalmente, os mais jovens.

É comum que trabalhadores mais velhos tenham um senso de autorresponsabilidade e, geralmente, agem de forma conciliadora diante de conflitos.

A cultura organizacional com os profissionais maduros sofre impactos positivos.

Em longo prazo, há ganhos expressivos em engajamento, melhora no ambiente de trabalho e na convivência e, dessa forma, um ganho no trabalho em equipe e na convivência.

“Mais novos aprendem enquanto convivem entre gerações distintas”, diz Cosme Péres.


SAIBA MAIS

Os dados das pesquisas

A participação dos brasileiros com mais de 40 anos cresceu entre os que estão empregados ou procurando trabalho.

Passou de 42,9% no 4º trimestre de 2019 para 44,1% no segundo trimestre deste ano, um aumento de 1,7 milhão no período.

Segundo um estudo do Ipea, 57% da força de trabalho no País terão mais de 45 anos em 2040.

No entanto, os maiores de 50 anos não chegam a 5% nas grandes empresas, que estão reforçando programas para recrutar talentos maduros.

O envelhecimento da força de trabalho se deve a uma combinação de fatores. A população brasileira vive mais e tem menos filhos: até 2060, um quarto terá mais de 65 anos.

Experiência

Atualmente, entende-se que muitos profissionais atingem o seu auge de produtividade depois de passar dos 50 e o que antes era considerado o início do fim, hoje é visto como um espaço de maturidade e experiência.

Os profissionais maduros são mais requisitados para cargos de liderança e intermediária, mas também para funções de atendimento, em que lidam diretamente com o público.

A chamada diversidade geracional tornou-se uma pauta cada vez mais discutida no contexto corporativo.

É importante para o trabalhador nessa faixa etária, segundo  especialistas, buscar estar atualizado e qualificado, fazer cursos e aprender a lidar com as novas ferramentas de tecnologia para estar apto às vagas ofertadas no mercado de trabalho.

Fontes: IBGE, Ipea, O Globo e especialistas

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