Cartão de crédito não é vilão, diz educadora financeira
Formada em duas engenharias, ela se tornou um sucesso na internet com orientação sobre finanças em geral
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O cartão de crédito é visto por muitas pessoas que estão com dívidas como um “pesadelo”, por conta de seus juros altos. Mas para a influenciadora digital Mirna Borges, o problema não está no cartão em si, mas na forma como as pessoas o utilizam.
Em entrevista realizada no Estúdio Tribuna Online, a influenciadora digital, que é formada em Engenharia Mecânica pela Ufes e em Engenharia do Petróleo pela UVV, conta que começou a estudar sobre investimentos após perceber que tanto ela quanto vários amigos não sabiam exatamente como investir corretamente.
A partir disso, nasceu o canal “EconoMirna”, voltado para investimentos e educação financeira, e que hoje tem mais de 1 milhão de seguidores no YouTube.
Ela irá, inclusive, participar do evento Conectados, no Hotel Confort Suítes, em Vitória, que ocorre no próximo sábado, para abordar a importância da atuação no mundo digital para trazer resultados para as empresas. Confira trechos da entrevista, que pode ser assistida na íntegra no site tribunaonline.com.br.
A Tribuna – Como você faz para traduzir siglas e termos tão complexos do mundo dos investimentos e da economia em geral, para os seguidores?
Usei como estratégia mostrar a dificuldade que tive quando comecei a acompanhar o tema, entender o que era mais buscado sobre ele na internet, quais as principais dúvidas das pessoas.
A linguagem simples é algo que adotei porque não sei falar difícil, admiro quem consegue, mas se vou me conectar com pessoas leigas no assunto, é essencial falar de uma forma que elas entendam, sem usar termos refinados.
- Muita gente tem medo de começar a investir. Quais as dicas para os iniciantes?
Muita gente tem medo porque é algo desconhecido. É um assunto pouco abordado. Parece difícil, linguagem complicada, mas a verdade é que ninguém nasceu sabendo. É possível aprender.
Qual o primeiro passo? Fazer uma reserva. O ideal é conseguir ter de seis a 12 vezes o seu custo de vida mensal. Ter essa reserva é o primeiro passo, e colocá-la em um investimento conservador com facilidade de resgate, para qualquer emergência eventual.
- Além dos investimentos, você também fala sobre educação financeira. Como se organizar para não ficar endividado?
É importante entender que deve haver uma ordem na prioridade do pagamento das dívidas. Não é sair sorteando boleto para pagar. Priorize, em primeiro lugar, as essenciais, como de energia e água. Depois, a dos bens, como o financiamento de um imóvel.
- E o cartão de crédito, que é considerado um “vilão” para muita gente?
É a terceira prioridade, por conta dos juros altíssimos. As pessoas precisam entender que o cartão não te endividou, ele não passa na máquina sozinho. O culpado do endividamento não é exatamente o cartão. O endividamento é uma consequência da falta de organização que a pessoa teve.
- Há uma discussão sobre o fim do rotativo do cartão, ou até das parcelas. O que acha disso?
Eu uso cartão para tudo. É uma boa ferramenta, que pode ser usada ao nosso favor, se houver organização. Se você não se dá bem com o cartão de crédito, reduza seu limite para metade do salário, porque aí você sabe que não vai gastar mais do que ganha. É importante acompanhá-lo, para entender onde você está gastando mais.
Perfil
Mirna Borges
Formada em engenharia Mecânica pela UFES e engenharia de Petróleo pela UVV, coach financeira e também educadora financeira. É criadora do canal no YouTube “EconoMirna”, que tem 1,3 milhão de inscritos.
Será uma das palestrantes do evento Conectados, que ocorre em Vitória, no próximo sábado. Mais informações sobre o evento no site conectados.digital.
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