X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Bom humor tem poder no mercado de trabalho

Profissionais que demonstram estar de bem com a vida saem na frente em entrevista de emprego e têm mais chance de ascensão


Ouvir

Escute essa reportagem

“Você gosta de ficar perto de alguém de mau humor?” A resposta para essa pergunta geralmente é: não. E esse é um dos motivos para o bom humor ajudar profissionais a conseguirem emprego, quando o alto astral é somado a outras habilidades comportamentais e técnicas.

“Em uma entrevista de emprego é avaliado se o candidato é compatível para relacionamento”, ressaltou Raphael Ruffo, consultor de RH, formado em Programação Neurolinguística e sócio da Alfa Duo Consultoria em Saúde e Bem-Estar Corporativo.  

É natural do ser humano, segundo Ruffo, não querer estar perto de alguém indisposto a se relacionar. Em contrapartida, o alto astral é contagiante. “Se o entrevistador não estiver bem, ele pode avaliar se o astral do candidato é capaz de cativá-lo, mesmo nesta situação”.

A psicóloga organizacional Beatriz Magadan avaliou que o bom humor, por si só, não é o elemento-chave para conquista de um emprego, necessariamente. Mas refletiu que, em um processo seletivo, avalia-se a condição do candidato de trazer esse lado positivo para dentro da organização. 

“Posicionar-se na entrevista de forma bem-humorada, aproveitando a situação para poder contar sua trajetória, eventualmente até rindo de si mesmo, favorece”.

Para a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), Fabiola Costa, o comportamento cabe em qualquer área. “Bom humor é uma expressão que sugere acolhimento, receptividade ao outro, leveza e suavidade na nossa expressão. Isso cabe em qualquer lugar”. 

Contudo, ressaltou que para algumas áreas é uma condição essencial, como gestão de pessoas, marketing, comercial, que são áreas mais relacionais. 

“O bom humor está relacionado a olhar o lado positivo das coisas. Claro que nem tudo se pode suavizar. Algumas situações precisam de mais reserva, seriedade”, frisou. 

No dicionário, bom humor significa “boa disposição”, conforme a Master Coach de Carreira e Liderança e pós-graduanda em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness, Angela Mulet.

Um ambiente de trabalho positivo tem consequências que extrapolam as paredes da empresa. 

“Ele melhora o desempenho e consequentemente a produtividade como um todo da companhia”, ressaltou a especialista.

Ajuda para tirar o foco da dor

Imagem ilustrativa da imagem Bom humor tem poder no mercado de trabalho
- |  Foto: Leone Iglesias/AT

A fisioterapeuta Chrislayne Afonso da Silva, 30, trabalha com pilates e é conhecida pelo seu astral. Além da competência, seu humor contribui não só para conquistar oportunidades, como  para mantê-las.  

Seus pacientes, em sua maioria, sentem dor, desconforto. “Creio que  ser bem humorada me ajuda a cativar quem está ao redor, deixa o ambiente mais leve e facilita, diminuindo a resistência  do paciente ao tratamento”, contou, orientando o paciente Josué Andrade de Almeida.

Também paciente, João Pedro Valentim, 18, explicou que ela é muito divertida, usa música e nunca deixa o ambiente ficar para baixo. “Acaba deixando a gente mais motivado para fazer os exercícios e até para ir lá à clínica. E acaba tirando o foco da dor”. 

A paciente Simone Stauffer Schawenck, 46, não conseguia fazer academia e tinha começado pilates em outros lugares e parado. “Ela conseguiu fazer com que eu me apaixonasse pelo pilates”.

Tristeza é uma emoção, e mau humor é um comportamento

Qual é a diferença entre tristeza e mau humor? “A tristeza é uma emoção, já o mau humor é um comportamento”.  

A explicação é da  vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), Fabiola Costa. Ela explicou que o ser humano pode até sentir tristeza e isso o levar a estar mal humorado. 

“O bom humor na verdade é um comportamento. Está sendo visto como uma habilidade, uma competência. A forma como eu me comporto, me comunico, me relaciono com o outro”. 

A Master Coach de Carreira e Liderança e pós-graduanda em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness, Angela Mulet explicou que  o mau humor é a externalização de uma insatisfação. 

Já em relação a tristeza, ela destacou que é algo que faz parte da vida de todo mundo, principalmente em situações de perda. “A gente passa por essas situações e sai mais fortalecido”.

Entenda

Entrevista

Em uma entrevista de emprego, além das habilidades técnicas, as  comportamentais também são avaliadas.

Quando o candidato  concorre a uma vaga de emprego, o recrutador avalia também se ele vai ser um profissional de fácil convivência, que vai contribuir para melhorar o clima organizacional.

O bom humor está muito relacionado ao estado de felicidade e bem estar. Quando o profissional não está bem, dificilmente vai ter o estado emocional para o bom  humor.

Contudo, também está relacionado à forma de ver a vida. Há profissionais que ficam remoendo situações, em vez de encará-las como oportunidade de  aprendizado.  

Após a contratação

Dentro da empresa, o bom humor pode contribuir para elevar a produtividade da equipe. Em estado positivo, os profissionais aprendem mais, são mais criativos e inovadores. 

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia apontou que o trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo; três vezes mais criativo e vende 37% a mais. 

Ascensão na carreira

Além disso, associado a outras habilidades, o bom humor pode contribuir para ascensão na carreira, facilitando a conexão entre pessoas. Ele abre portas para o estabelecimento de contato, por exemplo.

Mas o alto astral em excesso também pode ser prejudicial no ambiente corporativo 

Fonte: Especialistas citados na reportagem.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: