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Economia

Agronegócio: Frutas exóticas na agricultura capixaba

Achachairu, rambutan mangostão e lulo estão entre as novidades que são aposta dos produtores do Estado para ampliar a renda


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Imagem ilustrativa da imagem Agronegócio: Frutas exóticas na agricultura capixaba
O produtor Filipe (ao lado) colhe achachairu (no destaque acima) em Itarana e vende direto ao consumidor final |  Foto: Acervo Pessoal

Curiosos e em busca de diversificação, produtores no Espírito Santo têm investido na produção de frutas exóticas como achachairu, lulo, mangostão e rambutan. Com preços atrativos, elas trazem novas possibilidades de renda.

Em Castelo, no Sul do Estado, o produtor Edmar Campagna, 60 anos, começou a cultivar plantas exóticas em meados da década de 1990 e já tem mais de 200 variedades de frutíferas de diversas regiões e países.

Entre as espécies cultivadas em sua floresta, de 21 hectares, estão rambutan e várias outras frutas naturais da Amazônia, do Cerrado e de outros países, como Austrália, Malásia e Brunei, além do mangostão e do açaí, que continuam sendo a principal cultura do sítio.

Ele consegue essas sementes ou mudas através de grupos de colecionadores de todo o Brasil e de compras, em um viveiro de Vitória, e no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Além disso, sempre que viaja, Edmar traz pelo menos uma nova espécie.

O produtor rural e engenheiro agrônomo Protaze Magevski, 55, e a mulher Marilândia Tonn Magevski, 34, também produzem frutas exóticas. A plantação em sistema convencional e agroflorestal fica em Santa Maria do Jetibá e inclui achachairu boliviano, lulo e pitaias.

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Protaze e a mulher, Marilândia |  Foto: Divulgação

Procurando uma alternativa para o seu sistema agroflorestal, o casal decidiu fazer um plantio experimental de lulo. “A planta tolera um pouco de sombreamento. É uma fruta muito fácil de produzir com poucos insumos e é apropriada para agroindústria para fazer sucos”, contou o produtor.

A muda foi comprada de um produtor do Sul de Minas Gerais. A plantação experimental já está produzindo e Protaze avalia que a planta tem condições de se adaptar às condições serranas do Estado.

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Edmar e o carrinho com mangostã |  Foto: Divulgação

Assim como o casal de Santa Maria de Jetibá, em Itarana, o produtor José Carlos Loriato, 59 anos, produz achachairu. Ele contou que a filha de uma vizinha mora na Bolívia e trouxe a fruta para Itarana para a mãe experimentar, há quase três décadas.

A vizinha começou a cultivar. “Era uma curiosidade na época. A vizinha deu a fruta para a gente chupar e a gente foi fazendo as mudas com aquelas sementes. Hoje temos um plantio de 450 pés, mais ou menos”.

O filho dele, Filipe Meneghel Loriato, 31, explicou que com uma produção pequena, a família vende a fruta direto ao consumidor por R$ 15 o quilo. No mercado, o preço chega a R$ 35 o quilo.

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> Quando se fala em plantas exóticas se imagina que são aquelas vindas de outros países.

> “Para nós, aqui no Espírito Santo, uma planta exótica é aquela que ocorre nos outros estados do Brasil ou em outros países e chegam aqui ”, explicou a professora do Centro de Ciências Agrárias e Engenharia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Horlandezan Nippes.

SAIBA MAIS

Algumas frutas exóticas cultivadas no Estado

1 - Achachairu

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Achachairu |  Foto: Larissa Maestri

Originária da Bolívia, a fruta vem sendo cultivada em escala comercial no Estado. A casca amarelo-alaranjada é resistente e envolve a polpa branca e suculenta que tem um sabor adocicado. Cada fruto tem de uma a três sementes.

Rica em potássio, ácido fólico e vitamina C, a fruta tem um sabor que encanta muitos paladares e um preço atrativo para os produtores, o que está contribuindo para que seja levada para outras regiões do Estado. No supermercado, um quilo chega a custar em torno de R$ 35.

2 - Lulo ou Naranjilla

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Lulo ou Naranjilla |  Foto: Divulgação

A fruta cítrica cultivada nos Andes (Equador e Colômbia) está sendo produzida no Estado. Ela pode ser usada na produção de drinques, doces, sorvetes, sucos.

Ele fica alaranjado quando maduro, tem uma polpa verde-clara suculenta e ácida. Com propriedades diuréticas e energizantes.

Um estudo realizado na Universidade Latina do Panamá mostrou que também pode contribuir para prevenir hipertensão e enxaqueca, pela riqueza de nutrientes que possui.

3 - Mangostão

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Mangostão |  Foto: Divulgação

Considerada a fruta mais saborosa do trópico asiático, de acordo com a Embrapa, o mangostão foi introduzido no Brasil em 1935. Além da saborosa polpa, sua casca tem substâncias que são utilizadas na indústria farmacêutica.

4 - Rambutan

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Rambutan |  Foto: Divulgação

A fruta originária da Malásia tem polpa com sabor doce e suave e se destaca por ser antioxidante e rica em vitaminas e minerais, podendo trazer diversos benefícios para a saúde.

Parecida com a lichia, é vermelha quando está madura e sua casca tem pretuberâncias maleáveis ao toque.

A fruta pode ser consumida in-natura, mas também pode ser usada para a produção de sucos, sorvetes, geleias e compotas. No Estado, é cultivada, por exemplo, em Guarapari.

5 - Physalis

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|  Foto: Divulgação

Originária da Colômbia, a fruta é envolvida por um cálice de folhas finas de cor de palha, segundo o Incaper. Ela tem um gosto doce e levemente ácido. Embora seja rica em nutrientes, é pouco consumida.

Ela traz inúmeros benefícios à saúde. Em 2019, uma pesquisa do Incaper alertou produtores sobre cuidados essenciais ao plantá-la, a fim de evitar danos às lavouras. Preço médio no mercado: R$ 90 o quilo.

6 - Pitaia

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Pitaia |  Foto: Divulgação

Essa fruta é originária do México. Três espécies principais são cultivadas no Estado, (branca, amarela e vermelha). Além dos benefícios para a saúde, também é valorizada por sua beleza. Preço médio no supermercado: R$ 49,90 o quilo.

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