O câncer de útero tem cura!
Lorena Baldotto
Um assunto que movimentou as redes sociais no início deste mês foi o câncer de útero descoberto pela jornalista e apresentadora Fátima Bernardes. Ela, que inclusive já foi operada, estava com um câncer em estágio inicial, mas achei importante conversar um pouquinho com vocês sobre esse assunto, já que esse câncer tem muitas chances de cura, se descoberto no início, mas para ele ser diagnosticado é imprescindível que a mulher esteja com os exames ginecológicos em dia, certo?
Você sabia que os principais fatores de risco para o câncer de colo de útero são as infecções pelo vírus HPV?
Sim, este é o grande vilão, responsável por cerca de 70% dos casos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Outros fatores de risco são o início precoce da atividade sexual (isso se relaciona ao tempo de exposição ao vírus HPV), múltiplos parceiros sexuais, história prévia ou presente de doenças sexualmente transmissíveis, além de muitos filhos.
Tabagismo e imunossupressão também podem contribuir para o surgimento da enfermidade.
O câncer de útero pode se manifestar no colo do útero, que é a região mais perto da vagina, ou no endométrio, também chamado corpo do útero. Esse último foi o caso da Fátima e é muito prevalente nas mulheres acima de 50 anos ou que já estão na menopausa.
Nesse caso os fatores de risco que aumentam a probabilidade do surgimento é quando a mulher tem uma dieta rica em gordura animal, faz reposição hormonal, tem hipertensão, diabetes ou histórico familiar.
Mas isso não quer dizer que só essas pessoas estão propensas a ter a doença, entende? Ninguém está livre de ter uma surpresa desagradável dessas, mas se a história vai ter um final feliz ou não dependerá muito da sua ação, pois esse tipo de câncer, se descoberto no início, tem muitas possibilidades de cura.
Um ponto de atenção é o sangramento vaginal e, principalmente, sangue quando a mulher já está na menopausa.
O tratamento vai desde cirurgia para a retirada total ou parcial do útero e pode ser necessário o uso de quimioterapias e radioterapias. Isso vai depender de cada caso e do estágio que a doença se encontra, ou seja, quanto mais avançada, mais agressivo o tratamento, por isso a importância do diagnóstico precoce.
Mantenha seu preventivo em dia! Não deixe de visitar seu ginecologista. Consulta ginecológica é algo importante e sério, deve estar sempre na sua lista de prioridades. Para mais informações me acompanhe também no Instagram @dra.lorenabaldotto_sexologa.
LORENA BALDOTTO é ginecologista e sexóloga
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