Delegado Carlos Afonso Coelho foi nomeado para a chefia do Comando de Aviação Operacional da PF |  Foto: Divulgação/Governo Federal

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, nomeou para uma função de coordenação o ex-braço direito de Alexandre Ramagem, diretor da Abin no governo Jair Bolsonaro (PL). O delegado Carlos Afonso Coelho exerce agora a chefia do Comando de Aviação Operacional, ligado à Diretoria-Executiva da PF. No governo Bolsonaro, além de diretor-adjunto da agência, ele comandou o Centro de Inteligência Nacional (CIN), que chegou a ser apontado como uma espécie de “Abin Paralela”.

Amigo de fé

Coelho ocupou ainda cargo de assessor especial na Secretaria de Governo da Presidência sob Bolsonaro. Interlocutores dizem que ele é um nome de confiança de Rodrigues, com quem trabalhou na Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. A nomeação ocorreu alguns dias antes de a PF deflagrar operação para investigar o uso irregular de um sistema de monitoramento de celulares pela Abin no governo Bolsonaro, sobretudo na gestão Ramagem.

Outro lado

A PF informou que o delegado tem larga experiência profissional e é piloto formado pela Coordenação do Comando de Aviação Operacional, onde exerceu cargos de chefia. O Ministério da Justiça não se manifestou.

Fogo...

Apesar de a pauta internacional ter sido atropelada pelo conflito entre Israel e o Hamas, o Brasil avalia ter conseguido preservar os principais temas aos quais pretendia dar destaque na presidência do Conselho de Segurança da ONU, exercida em outubro.

...cruzado

Foi possível manter dois eventos do cronograma estabelecido pelo Brasil: uma discussão sobre arranjos bilaterais e regionais na construção da paz e outra sobre o papel das mulheres na segurança internacional. Também foi aprovada resolução sobre uma força policial para o Haiti, tema caro ao Itamaraty.

SOS

O Ministério da Justiça lança na próxima terça-feira (31) um canal para jornalistas denunciarem agressões registradas durante o exercício da profissão, em especial os de veículos menores. Haverá uma área específica no site da pasta para isso. Os registros serão recebidos pelo Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais, da Secretaria Nacional de Justiça.

VAR

Representantes jurídicos da prefeitura de São Paulo e da Sabesp não conseguiram chegar a um consenso até o momento sobre um imbróglio bilionário entre as partes, mesmo depois de diversas reuniões. A percepção dos envolvidos é que a questão não deve ser resolvida por meio de um acordo amigável e deve ficar sob responsabilidade da Justiça.

Esqueleto

A prefeitura contesta o fato de a estatal repassar para a tarifa o valor de 7,5% de sua renda destinado a um fundo para saneamento básico desde 2018. Já a Sabesp quer ressarcimento de R$ 2,8 bilhões que não cobrou na tarifa entre 2010 e 2018. Caso não haja acordo, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) terá que encontrar uma forma de embutir a pendência na privatização sem que ela espante possíveis interessados.

Nova casa

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) tem como destino mais provável hoje o partido que resultará da fusão do PTB com o Patriota para disputar a prefeitura de São Paulo. A nova legenda, no entanto, ainda está pendente de aprovação no TSE. Como mostrou o Painel, o presidente Valdemar Costa Neto admite liberar Salles para procurar outra legenda, já que o PL deve apoiar Ricardo Nunes (MDB).

Casos de família

O pastor Silas Malafaia e o advogado Álvaro Klein, que representa um trisal que teve a união estável reconhecida no Rio Grande do Sul, vão debater projeto que pretende proibir a oficialização do poliamor no dia 8 de novembro na Comissão de Previdência da Câmara. O projeto, do ex-deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), diz que reconhecer a poligamia é “um atentado que fere de morte a família tradicional, em total contradição com a nossa cultura e valores sociais”.