Paz e amor
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (27)
Folha de São Paulo
Líder histórico do MST, João Pedro Stedile adotou tom conciliador com relação ao governo Lula em mensagem gravada de fim de ano ao movimento. “Em termos de famílias assentadas é o pior ano de todos os 40 anos do MST. Mas nós compreendemos. Faz parte da luta”, disse. “Faltaram recursos, porque o orçamento era do governo passado, e o desmonte que houve nos seis anos de governos fascistas impediu que a máquina se voltasse para as necessidades dos trabalhadores”, afirmou.
Trena
Segundo Stedile, a reforma agrária não se mede mais por hectares. “Ela se mede por ideias, conquistas políticas e sociais”, afirmou, dando como exemplos temas como soberania alimentar, agroindústrias e agroecologia.
Não bate
Apesar do tom menos incisivo do dirigente, a declaração de que 2023 foi o pior ano em quatro décadas mereceu resposta do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Segundo ele, o número de 7.200 famílias assentadas em 2023 é o maior desde 2015. O ministro disse ainda que as metas do próximo ano serão definidas em março.
Cardápio
O ministro afirma que em 2024 serão destinadas a assentamentos terras que já estão no estoque do Incra e também áreas públicas. Serão usadas ainda propriedades de grandes devedores da União e outras que serão desapropriadas.
Tudo calmo
A menos de duas semanas do primeiro aniversário dos ataques de 08 de Janeiro, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, diz que não há sinal preocupante até agora e prevê controle sobre eventuais manifestações. Segundo ele, a mobilização é parecida com a do 07 de Setembro, que incluiu trabalho de coordenação de várias instâncias e órgãos federais e locais. Na ocasião, foi possível evitar qualquer tipo de ato hostil.
Nunca se sabe
Participante do planejamento, o secretário-executivo da pasta da Justiça, Ricardo Cappelli, repete a avaliação de que o cenário está sob controle. “Mas seguro morreu de velho”, afirma ele, que atuou como interventor na área da Segurança Pública no Distrito Federal após os ataques.
Marcha
O Senado deve votar no primeiro semestre de 2024 a emenda à Constituição que proíbe militares das Forças Armadas da ativa de concorrerem em eleições. No entanto, ainda que o texto também seja aprovado pela Câmara, não valerá para as disputas municipais de 2024, uma vez que regras que afetem o pleito precisam ser alteradas com um ano de antecedência. O relator do texto, Jorge Kajuru (PSB-GO), estudava proibir militares da ativa em ministérios, mas acabou recuando.
Vitrine 1
O governo de Minas Gerais abriu licitação para contratar cinco agências de publicidade para a gestão de Romeu Zema (Novo). O valor do contrato, de um ano, é de R$ 147 milhões, para atendimento do gabinete do governador e secretarias estaduais. Também está prevista a realização de pesquisas sobre o impacto das campanhas junto à sociedade. Zema é um dos nomes citados para disputar a Presidência em 2026.
Vitrine 2
É a primeira licitação na área do governo de Minas desde 2018. Nos últimos anos, a propaganda era feita com base em contratos antigos que são prorrogados. No briefing proposto para agências interessadas, o edital pede que seja apresentada uma campanha sobre os esforços do governo para redução da pobreza no estado.
Olhei até…
A advogada e ex-deputada Janaina Paschoal minimiza o episódio em que recebeu flores de senadoras, entre elas Marta Suplicy, durante o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. A cena vem sendo lembrada por petistas que rejeitam o retorno de Marta ao partido para ser vice de Guilherme Boulos (Psol) na disputa para a Prefeitura de São Paulo.
…ficar cansado
“Foi apenas um gesto de gentileza, porque aquele processo foi muito duro”, diz. Janaina diz que nunca teve relação com Marta e afirma que o real problema é ela ser secretária de Ricardo Nunes (MDB). “Acho muito estranho, porque ela é uma mulher forte na prefeitura, não é uma secretária lateral”.
Reserva
A Câmara de São Paulo aprovou a criação do Fundo Soberano da capital. O projeto, da vereadora Janaína Lima (MDB), prevê que o valor chegue a R$ 1 bilhão em quatro anos. Os recursos têm de ser usados para inclusão social, proteção ambiental e boas práticas de governança.
Ofensiva
As polícias militar e civil de São Paulo apreenderam 101 toneladas de drogas neste ano na capital, um recorde. O número é 133% maior do que o de 2022 e 34% superior ao de 2020, até então o maior. A Secretaria da Segurança Pública atribui os dados a uma ação integrada das forças ligadas à pasta. Somente na região central de São Paulo, 841 suspeitos foram presos, sendo 237 flagrantes de tráfico.
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Painel,por Folha de São Paulo