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Coluna foi publicada nesta terça-feira (12)
Folha de São Paulo
Deputados bolsonaristas querem que a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) explique em audiência na Câmara nesta quarta-feira (13) qual o público-alvo das políticas da pasta. O argumento é que a ideia de que pessoas trans reivindiquem espaços femininos é irresponsável e misógina. O requerimento para convocação na Comissão da Mulher, da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), é parte da estratégia bolsonarista de manter pressão constante sobre o governo na pauta comportamental.
Portfólio
Os bolsonaristas criticam, entre outras coisas, o fato de a ministra assinar uma portaria que trata da distribuição de absorventes para “pessoas que menstruam” – para eles, o documento deveria tratar de mulheres, excluindo pessoas trans. Outros temas que têm sido usados por direitistas radicais em audiências são a tentativa de proibir casamento gay e de aprovar o estatuto do nascituro.
Deu
Integrantes das direções nacional e do Distrito Federal do Cidadania entraram com pedido de expulsão da deputada distrital Paula Belmonte por sua adesão a teses bolsonaristas. A gota d'água foi a participação dela em ato na Esplanada no domingo (10) contra a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Sete barbas
O discurso do senador Jorge Seif (PL-SC) em ato na avenida Paulista com ataques ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), incomodou caciques bolsonaristas no estado, que viram intromissão indevida. Seria o mesmo, diz um deles, que um prefeito de Goiás falar sobre camarão, produto típico da costa catarinense. Seif foi secretário da Pesca no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Dever de casa
O Conselhão se reúne nesta terça-feira (12) para apresentar ao presidente Lula (PT) as primeiras sugestões de grupos de trabalho. Uma delas é a criação de um PAC da Amazônia, mas com C de “cidadania”, em vez de “crescimento”, para incluir populações das florestas. Também haverá sugestões sobre transição energética, primeira infância e áreas degradadas – neste caso, num grupo que reuniu do MST às tradings de soja.
Genérico
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve pautar nesta quarta-feira (13) o projeto alternativo à emenda aprovada pelo Senado que limita as decisões individuais do STF. Elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro Gilmar Mendes, estabelece critérios para medidas cautelares.
Cacofonia
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) quer tentar impedir a realização da sabatina simultânea de Flávio Dino e Paulo Gonet para Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (13). Ele vai apresentar questão de ordem à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) argumentando que o formato inédito esvazia as arguições.
Lá e cá
Marqueteiro do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em suas duas campanhas, Leandro Groppo foi nomeado integrante de uma subcomissão de licitação para avaliar a contratação de agências de publicidade pela gestão. Uma das funções é decidir quem ganhará uma concorrência a ser aberta no primeiro trimestre de 2024 para campanhas institucionais.
Blindagem
Groppo, que deve participar de uma eventual campanha presidencial de Zema em 2026, diz não ver conflito de interesse. “Não tenho ligação com nenhuma agência que tem contrato com o governo. Vou apenas avaliar a criatividade das propostas, com base em editais técnicos”. Já o governo de Minas Gerais diz que a escolha foi realizada por sorteio, como diz a lei, e que o publicitário tem trabalho reconhecido no mercado.
Soy loco
Foro de São Paulo, que reúne partidos latino-americanos de esquerda, não abraçou a campanha do venezuelano Nicolás Maduro para anexar o território de Essequibo, da Guiana.
A atitude ocorre apesar de o ditador ser uma das figuras mais influentes da entidade. O silêncio mostra que a ameaça de uma ação militar contra o vizinho o deixou isolado mesmo entre seus pares na esquerda do continente.
Chama o VAR
Uma aguardada atualização na plataforma de cadastro de sindicatos pelo Ministério do Trabalho deu largada a um tira-teima entre as centrais para definir qual é a segunda maior do País, atrás da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
As entidades reclamam que o sistema atual é defasado e não permite que alguns sindicatos se cadastrem, distorcendo o tamanho delas.
Medalha de prata
CTB, Força Sindical e UGT disputam a vice-liderança. A discussão importa porque com frequência as posições em conselhos e mesas de negociação comandadas pelo governo são distribuídas apenas para as três maiores centrais sindicais.
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Painel,por Folha de São Paulo