Na mira
Folha de São Paulo
A gestão do coronel Giovanne Gomes da Silva na presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) entre maio de 2020 e o final de agosto deste ano é alvo de inquérito da Polícia Federal. Um servidor chamado a depor disse ao Painel que o caso mira irregularidades em relação a funcionários.
Há também em andamento na entidade uma investigação interna sobre suposto assédio moral de integrantes da gestão. Silva alegou motivos pessoais e foi exonerado no último dia 27.
DNA
Giovanne Gomes da Silva é coronel da PM de Minas Gerais e foi nomeado em maio de 2020, quando o governo de Jair Bolsonaro se aproximava do Centrão. Ele teria sido uma indicação do PSD.
Outro lado
A Funasa disse em nota que alguns servidores foram chamados para depor e que o caso segue em caráter sigiloso. A entidade afirma que no caso de suposto assédio moral foi o coronel, ainda na Presidência, que encaminhou à Ouvidoria após tomar conhecimento da denúncia.
Prioridades
ACM Neto, presidente do DEM, diz que o partido não está discutindo internamente o impeachment de Jair Bolsonaro. O tema entrou nas pautas de siglas como PSD, PSDB e Solidariedade após as declarações do presidente no 7 de Setembro.
Secundário
“O partido compreende que existem, neste momento, outras pautas que são prioritárias para o debate interno do partido e do próprio País”, diz.
Balança
O dirigente afirma que Bolsonaro ultrapassou todos os limites do razoável em suas falas, mas ressalva que sua “Declaração à Nação” da última quinta-feira trouxe sensação de conforto e segurança, caso seja real e sincera.
Descarto
O ex-prefeito de Salvador diz não acreditar em ruptura institucional e afirma que todos os Poderes têm errado. Mas nada justifica, acrescenta ele, colocar em dúvida a independência do Judiciário.
Em dia
O deputado Paulo Fiorilo (PT) apresentou projeto de resolução para obrigar parlamentares a exibir comprovante de vacinação para entrar no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Prevenir
A medida deve gerar cizânia com os bolsonaristas da Casa, que têm criticado o passaporte sanitário. “Em uma Assembleia com negacionistas, é melhor ter atestado de vacina do que de óbito”, diz.
Muito prazer
Escolhido para o Itamaraty como um antídoto ao ideológico Ernesto Araújo, o ministro Carlos França, de perfil mais técnico, tem feito acenos à base conservadora do presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos 50 dias, abriu espaço em sua agenda para representantes da linha de frente do bolsonarismo.
Sombra
Estiveram com ele os deputados Bia Kicis (PSL-DF), Luiz Philippe de Orléans (PSL-SP), Fred D'Avila (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). França também ficou ao lado do Presidente nos dois discursos de teor golpista que fez em 7 de setembro, em Brasília e São Paulo.
Alinhamento
“Sendo o ministro França um ministro de governo, é perfeitamente normal que mantenha interlocução frequente com parlamentares da base de apoio do governo”, diz a assessoria do chanceler, que afirma ainda que ele também se reuniu com parlamentares independentes e oposicionistas.
Apoio
Um dos principais focos de resistência dentro do PSDB à adesão ao impeachment de Jair Bolsonaro está na bancada feminina na Câmara dos Deputados. Das nove integrantes do ninho tucano, sete são alinhadas com o Presidente.
Eu não
Uma delas, Mara Rocha (AC), gravou vídeo dizendo que não concorda com a decisão da Executiva Nacional de colocar o partido na oposição. “Sou defensora da legalidade, e antes de partido político sirvo ao meu País. Se governadores querem afrontar o presidente, que usem os seus mandatos”, disse.
Palco
Arquiteto da trégua entre Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes, Michel Temer poderá novamente exercer seus dotes de estadista num debate na próxima sexta-feira, com outros dois ex-presidentes latino-americanos: Álvaro Uribe (Colômbia) e Mauricio Macri (Argentina). O trio participa de evento do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo.
Tiroteio
“O falso ato de contrição de Bolsonaro não o absolve do seu rosário de pecados. Impeachment nele, já”
Do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), sobre a nota do presidente Jair Bolsonaro em que recua de suas ofensas ao Poder Judiciário.
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Painel,por Folha de São Paulo