Lições
Coluna foi publicada no domingo (07)
Folha de São Paulo
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que atuou como interventor na segurança pública do Distrito Federal após os ataques de 8 de janeiro, afirma que o legado que fica do episódio é que não se pode subestimar a polarização que o Brasil vive. Segundo ele, não houve mudança de protocolos de segurança em razão dos ataques. “O protocolo alterado que houve foi no dia 8 de janeiro de 2023. Não teve plano operacional da PM, cavalaria e choque mobilizados adequadamente”.
Apertem os cintos
O secretário-executivo diz que hoje existe comando na segurança do DF e descreve como ótima a relação com o atual secretário responsável pela área, Sandro Avelar. “Recebi um avião lotado com uma turbulência grave e caindo. Minha missão era estabilizar e pousar suavemente em terra firme com todo mundo vivo. E foi isso que a gente conseguiu fazer”, diz.
Simbolismo
A cidade de Araraquara (SP), onde Lula (PT) estava no dia dos ataques, fará um ato nesta segunda-feira (08) para marcar o primeiro aniversário da invasão à praça dos Três Poderes. O petista tinha ido prestar solidariedade após chuvas terem causado destruição. “É um gesto para a gente relembrar tudo que aconteceu e a forma como o presidente liderou a reação ao golpe a partir daqui”, diz o prefeito Edinho Silva (PT).
Quem avisa amigo é
O PSDB nacional não descarta intervir no diretório paulista caso o atual presidente, Paulo Serra, que comanda o partido de forma provisória, se negue a fazer uma convenção estadual em fevereiro. Novo presidente nacional tucano, Marconi Perillo enviou carta a ele dizendo que é preciso regularizar a situação. Aliados de Perillo afirmam que a determinação será seguida por bem ou por mal. Ou seja, se Serra não a cumprir voluntariamente, haverá intervenção.
Polegar
Mais cinco estados vão aderir à nova Carteira de Identidade Nacional nos próximos dias, elevando a 23 o número de unidades da Federação que a emitem. O novo RG mantém a separação dos nomes de registro e social e conta com lugar destinado para “sexo”, apesar de o governo ter dito no ano passado que abandonaria esses campos. Após as novas adesões, apenas Amapá, Bahia, Roraima e Pará não vão ter adotado o novo documento.
Pra cima
Associações de lojistas e moradores e Conselhos de Segurança Comunitária de bairros de São Paulo elaboraram manifesto em apoio à CPI das ONGs na Câmara Municipal. A investigação tem causado barulho porque seu autor, Rubinho Nunes (União Brasil), quer incluir o padre Júlio Lancellotti como alvo. As entidades, de Santa Ifigênia, Bom Retiro, Consolação, Higienópolis, Pacaembu, Brás, Mooca e Belenzinho, não mencionam o pároco, no entanto.
Cerco
O texto diz que há falta de transparência das ONGs que atuam na região central da capital e que a maneira como são feitos a distribuição dos alimentos e o tratamento aos dependentes químicos “apenas os motivam a permanecerem nesta condição degradante e marginalizada”.
Mobilização
Ex-ouvidor das polícias de São Paulo, Benedito Mariano pretende propor ao governo Lula que inicie uma campanha para indicar Lancellotti ao Nobel da Paz. Ele deve procurar o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, como primeiro passo. “É uma cretinice da extrema-direita esta tentativa de CPI, para atingir o padre Júlio”, diz Mariano, que também foi um dos responsáveis pelo programa Braços Abertos, voltada à cracolândia, na gestão de Fernando Haddad (PT).
Desafogo
O INSS quer que, até o final de abril, todos os benefícios por incapacidade temporária - o antigo auxílio-doença - sejam concedidos pela plataforma Atestmed, que permite a análise à distância de atestados médicos enviados pelos segurados. A ideia é aliviar os médicos peritos para que dediquem esforços a casos que exigem um escrutínio maior, como as aposentadorias por invalidez e especial.
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Painel,por Folha de São Paulo