PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, deve ser um dos partidos mais afetados pela reforma ministerial |  Foto: Divulgação/PSB/Marcelo Camargo - Agência Brasil

A reforma ministerial terá reflexos sobre cargos no segundo escalão, e um dos partidos mais afetados deve ser o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin. Com a ida do Ministério dos Portos e Aeroportos para o Republicanos, fica ameaçada a permanência no porto de Santos do advogado Anderson Pomini, aliado do ministro Márcio França. Maior da América Latina, o porto sempre foi cobiçado politicamente. Sua atratividade aumentou ainda mais com o túnel Santos-Guarujá, megaobra do PAC.

Redundante

Outro posto que o PSB pode perder é o de secretário da Micro e Pequena Empresa do Ministério do Desenvolvimento, caso seja criada uma pasta para essa área. O cargo hoje é ocupado por Milton Coelho, ex-deputado federal por Pernambuco, reduto do partido.

Tá valendo

Embora preferisse não ser desalojado do Ministério de Portos e Aeroportos, o PSB considera aceitável a transferência de Márcio França para a Ciência e Tecnologia. A pasta chegou a ser mencionada como uma opção para o partido na montagem do governo. Além disso, o PSB tem identificação com ela, pois a ocupou três vezes nos governos anteriores de Lula, com Roberto Amaral, Eduardo Campos e Sérgio Rezende.

Humilhação 

O PSD vê com preocupação a movimentação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e sua irmã, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) para emplacar a mãe de ambos, Virgínia Velloso, na Funasa. O partido, que cobiça o órgão, veria como desprestígio se a indicação de dois parlamentares superar a sugestão de uma bancada inteira, que deu votos ao governo desde o início.

Não fica, vai ter bolo  

O presidente da CPI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA), comandou nesta quinta (17) os trabalhos do colegiado por menos de duas das sete horas de duração e voltou para a Bahia para comemorar seu aniversário com a família. A sessão ouviu o programador Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato.

Pratos limpos 

Deputados do PSOL protocolaram pedidos para que Delgatti seja ouvido na Comissão de Defesa da Câmara após ele ter dito à CPI que, a pedido de Bolsonaro, participou de reuniões com a cúpula das Forças Armadas. O partido também quer que a Defesa informe quais servidores estiveram com ele.

Muita calma 

Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendem que senadores aguardem o fim do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas para ajustar o projeto que tramita na Casa sobre o tema. Há uma inclinação entre senadores para concordar com o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, que votou contra o marco, mas com alguma flexibilização.

Over 

Pesquisa da Genial/Quaest aponta que 43% da população consideram a resposta da PM na Operação Escudo, no litoral paulista, excessiva. Os confrontos resultaram em 18 mortes. Outros 35% classificaram a atuação como adequada, enquanto 5% dizem que a resposta não foi nem uma coisa, nem outra. Outros 18% não responderam.

Tons 

Entre os homens, 45% consideram a resposta adequada, enquanto 47% das mulheres dizem ser excessiva. A ação é mais bem avaliada entre os que votaram em Jair Bolsonaro: 49% afirmam ser adequada, o dobro dos votantes em Lula. A pesquisa entrevistou 2.029 pessoas no Brasil, entre 10 e 14 de agosto, com margem de erro de 2,2%.

Acesso negado 

A Defensoria Pública da União enviou ofício ao INSS pedindo providências com relação à limitação de realização de novos requerimentos administrativos após indeferimentos por “robôs”. A recusa automática gera bloqueio de 30 dias para novos pedidos. A DPU argumenta que a regra prejudica povos indígenas, tradicionais e excluídos digitais, que podem cometer algum erro de preenchimento, acionando a trava.

Renascer

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul |  Foto: Divulgação/ Governo do Rioi Grande do Sul - Itamar Aguiar

O PSDB apresentará suas novas diretrizes em evento na quinta (24) com a presença dos governadores Eduardo Leite (RS), Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE), em Brasília. Leite, presidente do partido, vai expor o processo de renovação a partir de coleta de opiniões da população e entrevistas com lideranças.