Goteira
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (20)
Folha de São Paulo
Um imbróglio bilionário entre Prefeitura de SP e Sabesp pode ser um obstáculo para a privatização da empresa, uma das prioridades do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O município questiona na Justiça uma decisão da estatal de 2018 de repassar às tarifas dos paulistanos um valor equivalente a 7,5% de sua receita, que é destinado a um fundo para ações de saneamento na cidade. Já a Sabesp cobra da prefeitura R$ 2,8 bilhões em valores retroativos pagos desde 2010.
Pelo cano
A necessidade de solucionar a disputa ganhou menção no termo de compromisso assinado por prefeito e governador em agosto sobre a privatização. Procurados, estado e prefeitura dizem que estão sendo feitos esforços para resolver a questão. Crítico da venda, o deputado estadual Antonio Donato (PT) diz que Nunes cometerá “crime de lesa-município” se abrir mão da ação.
Vai martelar
O governo de Tarcísio de Freitas deu nesta segunda (18) o primeiro passo na estruturação de uma parceria público-privada (PPP) para administrar a Fundação Casa, antiga Febem. O projeto foi revelado pelo Painel no sábado (16). Os conselhos de PPPs e de Desestatização do estado deram aval para que sejam elaborados estudos para avaliar a viabilidade de parcerias com o setor privado e levantar os modelos de negócios possíveis.
Sangue...
Um projeto de emenda constitucional que tramita no Senado e permite a comercialização de plasma sanguíneo traz risco de desabastecimento dos bancos de sangue e fragilização do controle dos materiais coletados, diz o senador Humberto Costa (PT-PE). O texto, de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), permite que a iniciativa privada faça pesquisas e desenvolva tratamentos a partir do plasma.
...ruim
A venda seria permitida para desenvolvimento de novas tecnologias e produção de medicamentos hemoderivados. “Quem vai continuar doando voluntariamente com o mesmo interesse se alguém está pagando pelo plasma? A tendência é que a gente perca sangue”, diz o senador, que vem se consolidando como principal opositor da medida.
À disposição
O deputado estadual Emídio de Souza (PT) comunicou na semana passada ao presidente Lula que decidiu concorrer à Prefeitura de Osasco no ano que vem. Ele já administrou a cidade na Grande São Paulo durante dois mandatos, entre 2005 e 2012. A candidatura atende a uma diretriz lançada pelo PT de apresentar nomes fortes no maior número possível de cidades pelo País, com foco especial nas que têm mais de 100 mil habitantes.
Patrocínio master
O PL assumiu os custos e a organização da próxima edição do Cpac Brasil, principal evento conservador no país, que ocorrerá em Belo Horizonte em 23 e 24 de setembro. Inspirado em um encontro anual que ocorre nos EUA desde os anos 1970, foi importado em 2019 pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Desde então, reúne expoentes da direita bolsonarista.
Na faixa
O envolvimento do PL ocorrerá por meio do Instituto Alvaro Valle, ligado ao partido. Com isso, os ingressos que já haviam sido vendidos serão reembolsados e a entrada será grátis. O partido não informa quanto será o gasto. Em 2019, a fundação do extinto PSL gastou R$ 800 mil para patrocinar a primeira edição -dinheiro público, vindo do fundo partidário.
Saída pela esquerda
Deputados de partidos de esquerda se articulam contra o dispositivo defendido pelo PT que permite ao governo Lula pagar um piso menor da saúde em 2023. Parlamentares de PSOL e Rede alegam que a mudança, aprovada pela Câmara e atualmente no Senado, é inconstitucional. Os dois partidos compõem a base governista e têm ministérios.
Mais o que fazer
Primeira trans a ocupar assessoria do Ministério da Previdência, Amanda Anderson acompanhou sessão da Comissão de Previdência da Câmara que tinha como pauta projeto que proíbe casamento de pessoas do mesmo sexo. Ela lamentou ter de perder tempo com o assunto enquanto a pasta busca formas de reduzir a fila do INSS. No fim, o projeto acabou não sendo apreciado.
Pressão
Cerca de 40 mulheres do Movimento Paridade no Judiciário participaram de sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que discutia regra sobre alternância de gênero para preenchimento das vagas na segunda instância de tribunais. Também encaminharam carta ao presidente Lula para que uma mulher substitua a ministra Rosa Weber no STF.
Traço
No documento a Lula, o movimento lembra que, na história do Supremo, 168 homens foram nomeados, contra 3 mulheres, ou menos de 2%.
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Painel,por Folha de São Paulo