Contabilidade criativa
Folha de São Paulo
A direção nacional do PL destinou R$ 11 milhões do Fundo Eleitoral para a candidata a vice-governadora de Pernambuco Izabel Urquiza, valor que supera o total transferido para a campanha do presidente Jair Bolsonaro, que recebeu R$ 10 milhões do partido.
Urquiza é vice na chapa de Anderson Ferreira, candidato do PL ao governo do estado. Apesar de terem sido enviados a ela, os recursos aparecem na prestação de contas de Ferreira, que, na prática, vai gerir o dinheiro.
Unidos
Questionada sobre por que o dinheiro repassado pelo partido aparece na prestação de contas de Anderson Ferreira, Izabel Urquiza disse que a chapa é uma só. “A candidatura é única, indivisível: governador/vice-governadora”, afirmou via assessoria.
Burla
Os partidos são obrigados a transferir ao menos 30% de recursos do fundão para financiar campanhas de mulheres, obrigação legal criada para estimular a participação feminina na política. Como forma de driblar a exigência, legendas costumam destinar recursos a candidatas, mas que acabam geridos por homens. O PL não quis se manifestar.
Chororô
O primogênito de Bolsonaro, Flávio, se queixa publicamente da falta de recursos para financiar a campanha do pai à reeleição. Em vídeo postado em 6 de setembro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que os recursos públicos para financiamento de campanha do partido não são suficientes.
Cofre cheio
Ely Santos, candidata a uma vaga na Câmara dos Deputados e irmã do prefeito cassado de Embu das Artes (região metropolitana de São Paulo), Ney Santos, já recebeu R$ 2,5 milhões do Republicanos, partido de Tarcísio de Freitas. Em 31 de agosto, a Folha mostrou que a candidata tinha recebido R$ 625 mil da direção estadual da legenda.
Zero problema
O Republicanos diz que o registro da candidatura de Ely Santos foi deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral e que o valor deve-se à força de sua candidatura.
Azedou
A ofensiva da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo voto útil pode levar o MDB de Simone Tebet a liberar seus filiados no 2º turno, afirmam aliados da presidenciável. A aliados, a senadora afirma que a postura do PT pode inviabilizar o eventual apoio do MDB em um 2º turno.
Contrários
Isso porque, na avaliação de Tebet, a nova bancada do partido deve ser composta por uma maioria que rivaliza com a legenda de Lula. Apesar disso, é improvável que o MDB apoie Jair Bolsonaro, principal adversário de Lula nas eleições. O estilo do Presidente e a apologia à Ditadura Militar são vistos como entraves pelo partido dirigido por Baleia Rossi (SP).
Isentos
Tucanos também avaliam que o PSDB deverá seguir o caminho da neutralidade para contemplar alas pró-Lula e pró-Bolsonaro. Reservadamente, integrantes do partido afirmam ser quase impossível o PSDB se posicionar tanto para o lado de Lula quanto para as bandas de Bolsonaro.
Aqui não
A coligação de Lula entrou com uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir que Bolsonaro faça uso eleitoral de sua viagem a Londres, onde está para participar funeral da rainha Elizabeth II.
Respeito
A campanha afirma que Bolsonaro “confunde as figuras de Presidente da República com a de candidato à reeleição”. Os advogados pedem que o Presidente seja impedido de usar como propaganda eleitoral qualquer vídeo, fotografia ou material da viagem.
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Painel,por Folha de São Paulo