Gestão Tarcísio de Freitas (SP) entende que teve papel fundamental na atração do investimento da Toyota em Sorocaba |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ação do governo Lula de faturar politicamente anúncio de investimentos da Toyota em Sorocaba (SP) provocou novo atrito com a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aporte de R$ 11 bilhões, com geração de 2.000 empregos, foi antecipado pelo jornal O Globo. A empresa pretende produzir novos modelos de um compacto híbrido e de um SUV.

“Mais uma conquista do Brasil e do governo do presidente Lula”, escreveu o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, no X (antigo Twitter).

Pai da criança

O governo de SP diz que seu papel na atração do investimento foi fundamental. Em outubro de 2023, o secretário Jorge Lima, de Desenvolvimento Econômico, viajou a Tóquio, onde se encontrou com diretores da Toyota para discutir vários projetos. O caso se soma a outros atritos como o do túnel Santos-Guarujá, em que a gestão Lula primeiro dispensou a participação do estado e só recuou após reclamação de Tarcísio.

Queimou a largada

As declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à Folha sobre uma reunião com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para debater a emenda que amplia a autonomia do órgão geraram mal-estar com o Ministério da Fazenda. Haddad havia pedido para que o comandante da autoridade monetária não abordasse o assunto antes que o ministro conversasse com Lula (PT) sobre a questão.

Impasse

O PT de Curitiba não conseguiu chegar a uma definição sobre que rumo tomar na disputa municipal. Em encontro no último sábado (02), 24 integrantes do diretório optaram por aliança, contra 19 pró- candidatura própria. O nome mais forte para receber apoio do partido é do deputado Luciano Ducci (PSB), que enfrenta resistência interna por ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff. A decisão foi empurrada para abril, quando os filiados serão consultados.

Ilha da magia

Em campos opostos na eleição em São Paulo, Psol e PSB estão em conversas adiantadas para um acordo em Florianópolis (SC). A tendência é união das legendas em torno da candidatura do deputado estadual Marquito (Psol). A aliança pode contar ainda com o PDT. Já o PT ensaia apresentar nome própria.

Trilho

Lideranças indígenas realizaram protestos na segunda-feira (04) em Santarém (PA) contra a Ferrogrão, que deve transportar soja de Mato Grosso a portos no Pará. Foi feito um julgamento simbólico da obra em um “tribunal popular”. A ferrovia, cujo projeto atualmente está parada no Supremo Tribunal Federal, é prioridade para o agronegócio, mas tem oposição de ambientalistas e povos de diversas etnias, que temem degradação da região.

BBB

Áudios atribuídos ao empresário João Alberto Lages, presidente da Associação de Mineradoras de Ferro do Brasil, trazem ameaças contra a secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, em razão de licenciamento para operar na Serra do Curral, área protegida na Grande Belo Horizonte. Ele é ligado à mineradora Gute Sicht, acusada de descumprir embargo no local.

Baixo nível

Em um dos áudios, a pessoa chama Melo de “ilustre secretária de m... nenhuma” e diz que “é o João Alberto que está falando.” “Marília, até agora você não enfrentou nada como eu. Mas daqui para a frente vai ser diferente”, diz. Em nota, a secretaria disse que o processo de licenciamento está tramitando legalmente no órgão responsável. O Painel procurou o empresário, sem sucesso.

Sala especial

A Câmara dos Vereadores de São Paulo fará nesta terça-feira (05)  reunião com os líderes partidários para discutir a CPI que mira o padre Júlio Lancellotti. Ela será fechada, destoando da prática de transmissão pela internet. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil) deverá exibir material relacionado ao caso, inclusive vídeo enviado à Arquidiocese de São Paulo que mostra um homem se masturbando. O material, sem autenticidade comprovada, teria o padre como protagonista. Ele nega e diz ser conteúdo adulterado.

Elas por elas

Pesquisa internacional do Instituto Ipsos por ocasião do Dia Internacional da Mulher apontou que, entre brasileiros que levam em conta o gênero para definir suas preferências políticas, um número maior gostaria de ser comandada por mulheres que por homens. Do total, 49% dos consultados afirmaram não ter preferência em relação ao gênero dos políticos, 32% disseram que prefeririam ser liderados por mulheres, e 17%, por homens. Na média de 31 países, 57% disseram não ter predileção, 21% afirmaram preferir homens e 19%, mulheres.

Censo

A Advocacia-Geral da União (AGU) lança na quinta-feira (07), em São Paulo, a Pesquisa Nacional da Advocacia Pública, que busca mapear pontos como estrutura física e orçamentária, governança e tecnologia relacionados à atuação dos advogados públicos da AGU e das procuradorias de estados e municípios.