Café frio
Folha de São Paulo
A ameaça do presidente Jair Bolsonaro (PL) de postergar a nomeação de ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode sair pela culatra. Senadores que farão a sabatina e aprovarão o escolhido lembram que é ano eleitoral e, caso Bolsonaro perca a janela de oportunidade dos esforços concentrados de votação, pode acabar tendo os seus indicados avaliados, no pior cenário, após derrota nas urnas. Há dois esforços previstos até o recesso e, talvez, outro no segundo semestre.
Repeteco
Senador Davi Alcolumbre (União-AP) segue presidindo a Comissão de Constituição e Justiça e caberá a ele marcar a sabatina. No caso de André Mendonça, que no ano passado buscava sua vaga no Supremo Tribunal Federal, o parlamentar ameaçou postergar o suficiente para deixar a escolha para o próximo Presidente.
De volta
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) vai aguardar 15 dias para tentar negociar novamente o apoio da União Brasil. Seus interlocutores afirmam que é preciso dar tempo para Luciano Bivar, que lança sua pré-candidatura hoje, testar o apoio do seu nome no partido e nas pesquisas.
Amigos
Já no PSDB, o governador Rodrigo Garcia avisou que pretende abrir seu palanque para Bivar. A justificativa, apresentada por Garcia em reunião da coordenação de campanha no domingo, é a de que a União Brasil é o maior partido a apoiá-lo e, com esse aceno, evita candidatura própria da sigla para dar palanque a seu presidente em São Paulo.
Caixa preta
O juiz Antonio Galvão de França, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que o governo estadual divulgue informações detalhadas da sua política de renúncia fiscal. O pedido foi apresentado pelos deputados estaduais Paulo Fiorilo e Teonílio Barba, do PT.
Transparência
Os parlamentares afirmam que o governo de SP não detalha a estimativa de impacto da desoneração no Orçamento, desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, e não divulga as empresas agraciadas. Para o magistrado, as informações são relevantes para a fiscalização feita pelo Poder Legislativo.
Contrato
A Rede Sustentabilidade aprovou por unanimidade o apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo de SP, condicionada à adoção das propostas programáticas do partido.
...pré-nupcial
“ Vamos apresentar propostas para a construção de um projeto de governo sustentável e democrático para o estado de São Paulo”, afirmou Mariana Lacerda, porta-voz do diretório paulista da Rede, após a decisão.
Refazenda
A refinaria Lubnor, no Ceará, negociada pela Petrobras na quinta-feira, funciona em terreno em que 30% da área é pública, cedida pela Prefeitura de Fortaleza, que agora pede indenização à compradora, a Grepar Participações.
Atualiza
A prefeitura cedeu o uso da área de 60 mil metros quadrados para a Petrobras na década de 1970. Com a privatização, quer que a Grepar pague para ficar com o espaço.
Desconto
Sindicatos de petroleiros têm pedido a anulação da privatização, que veem como danosa pelos valores (R$ 164,4 milhões) que ainda podem reduzir com o imbróglio. A Petrobras afirma que espera concluir as negociações com a prefeitura nos próximos meses. A Grepar diz que estava ciente da situação fundiária do local.
Em falta
Entidades que representam prefeitos e secretários municipais denunciaram ao Ministério da Saúde o risco de desabastecimento de remédios. Elas pedem audiência urgente com o titular da pasta, Marcelo Queiroga.
Lista
Antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais, dentre outros medicamentos essenciais, estão em falta nas redes pública e privada de diversos estados, diz ofício do presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Edvaldo Nogueira Filho (PDT), de Aracaju (SE).
O inferno
Os servidores públicos federais do Judiciário, representados pela Fenajufe, reagiram à declaração de Bolsonaro de que o grande problema em conceder o reajuste aos agentes da PRF são os “outros servidores”, que pedem aumentos “até abusivos”, segundo ele.
...são os outros
“Bolsonaro traiu os policiais e não adianta criar cortina de fumaça para dividir a luta das categorias”, diz Lucena Pacheco, coordenadora-geral da Fenajufe. “Não pedimos nada além da recomposição inflacionária para todo o funcionalismo”, completa.
Din din din
O vereador paulistano Fernando Holiday (Novo) entrou com representação na Justiça pedindo que Ludmilla não receba seu cachê de R$ 200 mil pela apresentação na Virada Cultural. Ele diz que a cantora transformou a apresentação em showmício de apoio a Lula (PT) –entre outras ações ela fez a letra “L” com a mão .
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Painel,por Folha de São Paulo