Após sofrer pressão de membros do Partido Novo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, não compareceu ao evento organizado pelo governo Lula |  Foto: A Tribuna

Integrantes do Partido Novo avaliam que a situação fiscal do estado de Minas Gerais e a necessidade de manter um bom relacionamento com o Supremo Tribunal Federal (STF) podem ter pesado na decisão do governador Romeu Zema de comparecer ao ato do primeiro aniversário dos ataques de 8 de Janeiro, em Brasília. Após ser pressionado por membros da legenda, Zema acabou desistindo de participar da solenidade realizada no Congresso Nacional.

Fica em casa

Em dezembro, o ministro do STF Kassio Nunes Marques concedeu liminar prorrogando por mais 120 dias o prazo para o estado obter novo acordo para sua dívida com a União. A medida deu tempo para Zema costurar uma solução. Lideranças do Novo argumentaram com ele, no entanto, que sua presença geraria desgaste junto à direita, e ele foi convencido a recuar.

Sem essa

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, criticou a tentativa da oposição de relativizar os ataques de 8 de Janeiro e negou que o governo Lula (PT) tenha se apropriado do episódio. Bolsonaristas e parlamentares da oposição criticaram o evento e falaram em “democracia relativa”.

União

Carvalho destacou as presenças de Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso, e de membros do Judiciário para afirmar que não se tratou de ato de governo. Ele ainda qualificou o ataque como “tentativa de tomada de poder” e disse que “não se pode relativizar esse tipo de coisa”.

Prendado

O ex-presidente José Sarney elogiou a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa antes do início do ato. Ele afirmou que Haddad “fez crochê sem linha” no ano passado. Ou seja, que o ministro conseguiu fazer milagre.

Via rápida

O INSS estuda permitir que laudos de especialistas sejam suficientes para a concessão do Benefício de Prestação Continuada para quem tem transtorno do espectro autista, diz o presidente do órgão, Alessandro Stefanutto. Hoje, as pessoas com deficiência passam por avaliação médica e social no INSS. A ideia é que o laudo substitua essa etapa.

Mais um

O governo do Pará afirma que também adotou a nova Carteira de Identidade Nacional. São 24 estados que já aderiram ao novo RG.

Volta

O PDT sinalizou interesse em ver de volta a seus quadros o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), mas o cenário é tido por integrantes da legenda como desafiador diante da possibilidade de que isso signifique a perda do mandato do parlamentar. Ele cogita disputar a Prefeitura de Recife.

Jogo...

A Controladoria Geral do Município da Prefeitura de São Paulo multou em R$ 17,8 milhões o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social que administrou o Theatro Municipal entre 2013 e 2016.

...de cena

A auditoria da CGM identificou 19 empresas que foram contratadas pelo Instituto para prestação de serviços fictícios ou superfaturados, com recursos desviados para pessoas físicas e jurídicas ligadas à direção do Theatro e da entidade. O Painel não conseguiu contato com os advogados dos representantes do Instituto.

Vai na fé

Integrantes da bancada evangélica na Câmara Municipal de São Paulo mantêm o apoio que deram à criação da CPI que mira o padre Júlio Lancellotti, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União), e têm garantido sobrevida à iniciativa.

Pé no freio

Os membros da bancada, que possui 17 dos 55 vereadores, têm sugerido a Rubinho que evite vinculação pública da iniciativa ao pároco enquanto a CPI não é instalada e se concentre nas ONGs.

Por que você...

Secretária de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy não avisou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de que se encontraria na segunda-feira (08) com o presidente Lula para discutir sua possível volta ao PT para ser vice de Guilherme Boulos (Psol) nas eleições de 2024.

...me deixa tão solto?

O emedebista soube pela imprensa do encontro da secretária municipal com o presidente. Nunes tem repetido que confia em Marta e que ela o avisaria se as conversas fossem concretas.

Eles...

Ex-diretora de Patrimônio da CBF, Luísa Rosa apresentou denúncia à Comissão de Ética da entidade na qual pede que sejam afastados dos cargos o presidente, Ednaldo Rodrigues, e o diretor de Governança, Hélio Menezes Jr. Demitida no ano passado por Ednaldo, ela move um processo na Justiça contra a CBF por assédio moral e sexual.

...não

Ela diz que eventual investigação interna sobre as acusações ficará comprometida se os dois citados permanecerem em seus cargos.