O aço capixaba em nossos celulares e computadores
Coluna foi publicada no domingo (03)
Não é novidade que o Espírito Santo se destaca como um importante polo siderúrgico no Brasil, ostentando uma capacidade notável de produção de aço. Esse aço é exportado para países líderes em tecnologia e eletrônicos, como Estados Unidos e China.
Nesses destinos, o aço proveniente do Brasil pode ser empregado na fabricação de uma vasta gama de produtos, abrangendo componentes para smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos.
Esse ciclo destaca a interconexão da economia global e como as matérias-primas de um país podem ser transformadas em produtos acabados que circulam globalmente.
Além disso, reflete a importância da cadeia de valor agregado, onde o aço, como matéria-prima, passa por várias etapas de transformação até se tornar parte de produtos de alta tecnologia.
Desta forma, é muito provável que uma parcela do aço produzido no Espírito Santo, assim como em outras regiões produtoras de aço no Brasil, possa retornar aos capixabas (e a outros consumidores brasileiros) na forma de smartphones, computadores e outros eletrônicos.
O reconhecimento da contribuição do aço produzido no Espírito Santo para a indústria global de tecnologia é um motivo de orgulho.
No entanto, esse orgulho vem acompanhado de uma responsabilidade ambiental significativa, especialmente em relação ao descarte apropriado de eletrônicos, conforme estabelecido pela lei que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil.
A Lei nº 12.305/2010 é um marco legal que estabelece diretrizes para o gerenciamento de resíduos sólidos no País, incluindo a redução, reciclagem e disposição final ambientalmente adequada de resíduos. Ela também promove a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e cidadãos no ciclo de vida dos produtos.
No contexto de dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores, a lei incentiva as seguintes práticas.
Primeiro, a realização de logística reversa para reaproveitamento em ciclos produtivos ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Segundo, a reciclagem e reaproveitamento, reduzindo a necessidade de extração de novas matérias-primas e minimizando o impacto ambiental.
E terceiro: educação ambiental que promova a conscientização sobre a importância do descarte adequado de resíduos eletrônicos.
Portanto, além do orgulho pela produção do aço, é fundamental que a sociedade capixaba (e brasileira como um todo) se empenhe em seguir as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos para garantir um futuro mais sustentável e responsável.
Isso envolve respeitar o meio ambiente e as leis ambientais, empenhando-nos em descartar esses componentes de forma correta e segura.