A Era dos Golpes com Inteligência Artificial
Coluna foi publicada no domingo (13)
A cada dia, a inteligência artificial se mostra mais presente em nosso cotidiano, trazendo avanços e inovações. Contudo, essa mesma tecnologia também tem sido usada de forma mal-intencionada.
Um exemplo disso é a deepfake, técnica que manipula vídeos e áudios, muitas vezes de forma quase imperceptível, para criar falsificações extremamente convincentes. O problema surge quando criminosos utilizam esse recurso para enganar pessoas e aplicar golpes, especialmente quando há grandes vazamentos de dados pessoais.
No Brasil, não é raro vermos notícias sobre vazamentos de informações, seja de órgãos públicos, como o INSS, ou de grandes instituições privadas, como as chaves Pix dos bancos.
Toda vez que esses eventos ocorrem, uma “janela de oportunidade”; é aberta para que golpistas se aproveitem da vulnerabilidade dos afetados.
Nas últimas semanas, cresceu o número de internautas que relatam ter recebido vídeos supostamente feitos por representantes do Governo. Nesses vídeos, as vítimas são informadas de que seus dados vazaram e que teriam direito a uma indenização no valor de R$ 7 mil.
O vídeo, que parece ser autêntico, induz a vítima a clicar em um link que leva a um formulário. Neste, são solicitados dados pessoais e bancários que serão usados pelos golpistas para roubar dinheiro ou até mesmo praticar outros crimes, como a clonagem de cartões e fraudes bancárias.
A sofisticação das deepfakes faz com que até mesmo os mais atentos possam ser enganados.
Com o avanço constante dessa tecnologia, estamos entrando em uma nova era digital, pois tudo o que vemos ou ouvimos on-line precisa ser cuidadosamente verificado. Vídeos, áudios ou até mesmo mensagens escritas, seja por WhatsApp, redes sociais ou e-mails, não podem ser levados a sério sem antes passar por uma checagem rigorosa da veracidade.
Essa realidade impõe uma nova postura para todos os que navegam no mundo digital. A confiança cega em conteúdos que parecem genuínos, mas podem ser fraudulentos, precisa ser substituída por uma atitude de constante questionamento.
O risco de ser enganado por uma deepfake é real e, sem o devido cuidado, pode trazer sérias consequências, como perdas financeiras ou até roubo de identidade.
Portanto, desconfie sempre. Antes de clicar em qualquer link, confirmar dados ou compartilhar informações, verifique a fonte, consulte sites oficiais e converse com especialistas.
A segurança digital depende de todos, e, no mundo da deepfake, a prudência será sua melhor aliada para evitar golpes e grandes dores de cabeça.
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