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Gilmar Ferreira

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Colunista

Gilmar Ferreira

O décimo terceiro

Confira a coluna

Gilmar Ferreira | 03/11/2024, 18:59 h | Atualizado em 05/11/2024, 19:43

O Flamengo decide hoje o 30° título disputado na administração de Rodolfo Landim – uma última chance para a gestão fechar um ciclo virtuoso dentro e fora de campo. Nos últimos seis anos, o clube festejou 12 conquistas relevantes e quase triplicou seu faturamento, passando de 500 milhões para algo próximo a 1,5 bilhão de reais. Mas, a um mês do pleito que apontará o presidente rubro-negro para o próximo triênio, a sensação mistura orgulho e frustração.

Orgulho pelos títulos acumulados de forma espetacular por uma geração que não foi formada na Gávea, mas que tem grande identificação com o clube: quatro Estaduais, incluindo mais um tri na galeria; dois títulos do Campeonato Brasileiro, duas Libertadores, uma Copa do Brasil, dois troféus da Supercopa do Brasil e um da Recopa Sul-Americana.

Somando a eles, as participações nos Mundiais de Clubes de 2019 e 2022 – este jogado no ano seguinte. De fato, um cartel dos mais invejáveis.

Fracasso

Mas, talvez pelo poder forjado na pujança financeira, o Flamengo, paradoxalmente, gerou também a estranha sensação de fracasso.

Certamente, isso se deve ao desempenho em 2023, o único ano sem títulos, com derrotas em decisões para o Fluminense no Carioca, o Palmeiras na Supercopa e o Del Valle na Recopa Sul-Americana.

Esse sentimento foi potencializado pelas seguidas trocas de treinadores e pelos gastos milionários em indenizações.

Hoje, reenergizado pelo espírito europeu de Filipe Luís, o time conseguiu recomeçar de tal forma com os torcedores que é bem provável encontrar quem o veja como favorito nesta final da Copa do Brasil, disputada contra o Atlético/MG, em um confronto de 180 minutos que começa esta tarde no Maracanã e termina no próximo domingo, na Arena do Galo, em Belo Horizonte.

Desfalques

Mesmo sabendo que o time tem sérios e importantes desfalques. Mais do que isso: o Flamengo de Filipe Luís ainda está em fase de “reaprendizado”, o que torna essa disputa contra o time do argentino Gabriel Milito mais emocionante.

O Atlético/MG, um dos finalistas da Libertadores, parece mais rodado na proposta do treinador. Mas o conjunto trabalhado pelo ex-lateral rubro-negro, dez vezes campeão pelo clube entre 2019 e 2024, já resgatou na memória afetiva dos torcedores a essência que fortalece o elo entre eles.

E a diretoria, que ainda sonha com a possibilidade de mais um triênio à frente do clube, confia na força dessa união para fechar o ciclo com o 13° título na conta.

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