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Gilmar Ferreira

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Gilmar Ferreira | 04/11/2024, 18:59 h | Atualizado em 05/11/2024, 20:35

Filipe Luis conseguiu avanços significativos no seu plano de trabalho, e os 3 a 1 impostos sobre o Atlético/MG, no jogo de ida das finais da Copa do Brasil, no Maracanã, mostram que a vitória passou mais pelas ideias que ele levou para o confronto do que a atuação deste ou daquele jogador. Incluindo a de Gabriel Barbosa, o artilheiro do jogo, com dois gols. O técnico criou nova plataforma de jogo, destravou o time e colhe frutos pela ousadia. Começam a surgir referências estratégicas antes ofuscadas e o Flamengo se revigora para delírio de seus torcedores.

A exuberância do futebol de Léo Ortiz, apesar da falha no gol de Alan Kardec; a eficiência de Wesley na ligação com o ataque, quebrando linhas na construção em velocidade pelo meio; e as lideranças técnica e disciplinar de Gerson, um maestro versão 2024; reconfiguraram o Flamengo de tal forma que dá gosto de ver.

É claro que Arrascaeta, Gabriel Barbosa, Gonzalo Plata e Michael foram incisivos e decisivos nesta partida de ida. Mas a essência do futebol que a equipe joga atualmente está na boa qualidade da saída de bola para o ataque, onde se pode ver também a eficácia de Léo Pereira.

Insisto: foi apenas o sétimo jogo sob o comando do ex-lateral. Mas os números apontam para um novo perfil. São dez gols feitos e seis sofridos em quatro vitórias, dois empate e uma derrota – o 0 a 2 para o Fluminense.

No sete que antecederam sua chegada, com Tite na direção, o Flamengo fez só seis e sofreu sete, vencendo dois jogos, perdendo três e empatando dois. E com um detalhe relevante: jogando no estilo que a maioria dos torcedores deseja. A ideia de levar a campo um time que ocupe o campo adversário com sete ou oito jogadores talvez seja o maior trunfo de Filipe Luis.

Não se pode sequer questionar a qualidade competitiva de seus adversários. O deste domingo, por exemplo, era o finalista da Copa Libertadores. Na semana anterior foi o semifinalista da Copa Sul-Americana. E tendo entre eles, na quarta-feira, o agora embalado Internacional, em Porto Alegre, de onde por pouco não retornou com os três pontos.

Se o Flamengo vai conseguir defender a vantagem de dois gols construída nos 3 a 1, não sabemos. Mas que os mais de 60 mil rubro-negros saíram do Maracanã com o gostinho do título na garganta, não tenho a menor dúvida.

Para virar esta final, o Atlético/MG terá de repetir o feito obtido diante do River Plate, há 12 dias. Sinceramente, não creio…

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