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Gilmar Ferreira

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Colunista

Gilmar Ferreira

Fla, mundo afora

Coluna foi publicada no domingo (23)

Gilmar Ferreira | 24/06/2024, 13:20 h | Atualizado em 24/06/2024, 13:19

Imagem ilustrativa da imagem Fla, mundo afora
Torcida do Flamengo no Maracanã: gigante carioca estuda ter um clube em Portugal |  Foto: DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A diretoria do Flamengo retomou a ideia de ter um clube em Portugal. O diretor geral do clube, Reinaldo Belotti, é o encarregado pelo presidente Rodolfo Landim para conduzir o grupo de trabalho que atualiza o projeto. O modelo de negócio discutido no Conselho de Administração há três anos está sendo revisto e atualizado, mas a ideia central segue sendo abrir portas no mercado europeu para a valorização da marca.

As reuniões envolvem diversas áreas e, ao contrário do “Projeto Tondela”, interrompido em 2022 devido à queda do clube à Liga 2, agora mantém-se sigilo sobre o parceiro a ser escolhido.

Segundo consta, há mais de uma opção e diferentes modelos de negócio. A cúpula rubro-negra esteve na Europa recentemente por ocasião da final da Champions e retornou segura de que chegou o momento de fincar bandeira no continente.

O projeto prevê a liberação do uso da marca Flamengo, a expertise técnica no processo de formação de times competitivos e a cessão de jogadores revelados no clube.

Evidentemente, aqueles que não estiverem nos planos para o aproveitamento em curto espaço de tempo. A maturação deles em campos europeus poderá render transferências em moedas estrangeiras e possibilidades de receitas na exploração comercial.

É o passo adiante na plataforma de negócios do clube que, ainda associativo, é administrado como uma empresa. O posicionamento mercadológico que o Flamengo almeja chegar com o passar do tempo talvez esteja num ponto qualquer no espaço entre o Grupo City e a Eagle Football Holdings, do alvinegro John Textor. Desafio puxado pela confiança no bom acolhimento que o clube recebe seus parceiros internacionais.

Curioso lembrar que o Fluminense adversário deste domingo (23) foi pioneiro na ideia de ter um pé na Europa. Entre 2015 e 2019, o projeto “FC STK Šamorin” movimentou 38 jogadores no futebol eslovaco.

Mas, embora tenha gerado um bom número de transferências para clubes de menor expressão no continente, os tricolores ainda não estavam maduros, em termos de gestão, para dimensionar um projeto de cunho intercontinental.

O projeto acabou oficialmente no Tribunal de Lausane, na Suíça, em 2021, com pagamento de R$ 3,5 milhões em indenizações ao STK que se queixou de obrigações não cumpridas pelos tricolores.

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