Sem coleta seletiva do lixo, reciclagem de plástico não avança

Luiz Trevisan é autor da coluna Fonte Grande |  Foto: Divulgação

Dos 78 municípios capixabas, hoje apenas três (Ibiraçu, Montanha e Pinheiros) realizam coleta seletiva plena do lixo. Em algumas cidades, como Vitória, a coleta é parcial. Daí, o descarte incorreto é o principal inimigo das oito indústrias do Espírito Santo que reciclam o plástico, em parceria com associações de catadores.

“O plástico usado para descartar comida, por exemplo, é contaminado ao ponto de não ser reciclado, ou demanda alta higienização que encarece muito”, pontua Gilmar Almeida Nogueira, superintendente do Sindiplastes. Ele ilustra: uma pessoa gera por dia de um a 1,5 quilo de plástico. “A sociedade não vive mais sem plástico, em diferentes formas, e atualmente só 20% dele é reciclado. Olha o tamanho do desafio pela frente, que passa ainda pela falta que faz a disciplina Educação Ambiental nas escolas”, frisa.

Fim dos aterros

A Política Nacional de Resíduos Sólidos coloca prefeituras e autoridades em uma corrida contra o tempo, pois em 2040 os aterros sanitários deverão ser extintos. Uma alternativa é incrementar o descarte sustentável associado à reciclagem. Hoje, construção civil e agronegócio são exemplos: investem e reciclam 70% do plástico utilizado. Já no horizonte dos oceanos, as “ilhas de plástico” flutuam. São fantasmas do desequilíbrio entre uso, descarte e reciclagem.

A propósito

Em parceria com a Ufes e a Federação das Associações de Catadores da Grande Vitória, a Vale inicia um projeto para reciclar garrafas pet, o que é destacado pelo dirigente do Sindiplastes. “É um projeto importante para a economia circular e o meio ambiente. Pode faltar pet no mercado para atender a demanda futura dessa reciclagem”, prevê Gilmar Nogueira.

Norte em chamas

Não é só o Pantanal que arde. Nos primeiros 17 dias de novembro, foram 50 incêndios diários no Norte do Espírito Santo. É o que aponta o coordenador de combate ao fogo da Suzano, Luiz Bueno, com alerta: “90% do fogo é causado por pessoas, inadvertidamente ou de forma criminosa”.

O livro de Glecy

Uma das pioneiras do jornalismo capixaba, a professora Glecy Coutinho lança seu primeiro livro solo: “Nada Duas Vezes Nem Acontecerá”, que reúne suas memórias familiares. Glecy, que faz 90 anos em 13 de fevereiro de 2024, autografa o livro no próximo dia 14, na Galeria Mosaico, no Shopping Vitória Moll, a partir das 18 horas.

Fundão é mel

Poucos sabem que Fundão é o município que lidera a produção estadual de mel de abelha. No ano passado, contribuiu com 90 toneladas (11,19%) da produção capixaba, que aumentou 13,4% em relação a 2021. Outros destaques nessa produção são Marechal Floriano e Aracruz.

No alto do Convento

Coluna volta a bater na tecla: quem é que não quer patrocinar elevador ou escada rolante no alto do Convento da Penha? Melhor visibilidade não há e nem precisa de festa de Réveillon.

Curta

SINALIZAÇÃO TURÍSTICA. Na próxima sexta-feira, Weverson Meireles deixa a Secretaria de Turismo (Setur), vira secretário na Serra. E Phillipe Lemos, hoje secretário lá, assume a Setur.

UNIDOS SOMOS UM. Este é o título do livro com ilustrações que a jornalista e escritora capixaba Manoela Ferrari lança nesta terça-feira (28), na Livraria Argumento, Leblon (RJ).

SEMINÁRIO CANNÁBICO. Com apoio da Fapes, está agendado para 11 de dezembro, no auditório IC II da Ufes, o I Seminário Cannábico Capixaba.

PRÊMIO ROTARY. Será na próxima terça-feira a entrega do prêmio “Mérito Escolar 2023” aos alunos das escolas da rede municipal de Vitória, no Teatro do Sesc Glória, às 18 horas.

ESCOLA DO FUTURO. Alguns dos projetos apresentados em uma escola de ponta, em Vitória: uso da Inteligência Artificial para disléxicos, esteira ecológica e ecoasfalto.

FILOSOFIA PÓS-PANDEMIA. “Pessoas mais ricas emitem mais carbono e pagam menos imposto do que maioria dos pobres”. Entreouvido sobre extremos climáticos na fila do pão.