Novos estúdios amplificam mercado capixaba de música
Crescimento da indústria fonográfica tem diversificado o setor no Espírito Santo
Luiz Trevisan
Seja para realizar ensaios ou gravações digitais, o mercado capixaba de música está diversificado e amplificado por bons estúdios.
Hoje é fácil encontrar uma dúzia deles, na Grande Vitória, excluindo os incontáveis estúdios caseiros. “A tecnologia barateou muito os custos, e a cena capixaba cresce forte, associada a uma demanda reprimida pela pandemia”, aponta Bruno Medeiros.
Além do estúdio que ele aluga para ensaios, Bruno toca em banda e diz que a agenda para apresentação em festas está lotada.
Já o músico e produtor Sérgio Benevenuto vê necessidade de mais incentivo para a música autoral, incluindo espaços e produção com conceito. “E falta sair do ilhamento cultural, criar conexões com outros mercados”, cita.
Benevenuto tem reconhecida produção fonográfica dentro e fora do Estado.
Furar a bolha é desafio
Se há muito espaço para a música cover e de entretenimento, faltam aqui melhor estrutura e incentivo aos que tentam se firmar com trabalho original.
“Nos últimos anos, só quem saiu e se impôs lá fora, pois já chegou com um conceito e identidade autoral, foi o Silva”, aponta Benevenuto.
Ele avalia: “Hoje tem TikTok, música rápida, a digitalização retirou camadas, planificou tudo. Até o ano 2000, época das grandes gravadoras, havia produtores e personalidades criativas. Agora foram trocados por influenciadores digitais e celebridades”.
Experiências da pandemia
Representantes de grandes empresas – Vale, ArcelorMittal, Suzano, Samarco, Transpetro, Itaipu e outras – estarão reunidos no Centro de Convenções de Vitória durante a 37ª edição do Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos.
Entre os dias 20 e 22 próximos, são esperados 1.500 profissionais. Nos debates programados, destaque para a mesa-redonda que irá abordar “Experiências Adquiridas no Período Pandêmico”.
Fantasia eleitoral
Propaganda eleitoral também abusa da fantasia. Segundo relato de candidatos que foram prefeitos, eles deixaram seus municípios socialmente parecidos com Finlândia, Canadá, Suécia...
Rei do jingle
Nesta campanha, o cantor-compositor Carlos Papel segue como destaque na autoria de jingles de candidatos. Além da nova safra, sempre tem candidato reutilizando jingle antigo dele.
Fora dos trilhos
Está na pauta da Amunes uma antiga reivindicação de prefeitos capixabas, que querem a transferência ao Estado do controle da antiga ferrovia da Leopoldina, entre Vitória e Cachoeiro.
Hoje, nas mãos da VLI Multimodal, a ferrovia carece de manutenção e trilhos estão sendo roubados e vendidos em ferro-velho no barato: R$ 1,00 por quilo.
Luzes no túnel
O trecho entre Cachoeiro e Vargem Alta é o mais visado nos furtos, feitos com ajuda de caminhões.
O prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, que dirige a Amunes, defende que o Estado assuma o controle da ferrovia e repasse aos municípios interessados.
Ele mesmo gostaria de revitalizar e utilizar trechos para transporte de cargas e passageiros.
Dúvida no ar
Do “imexível” ao “imbrochável”, evoluímos de alguma forma?
PASSEIO AO FAROL – O farol de Santa Luzia, em Vila Velha, completou 151 anos no último Sete de Setembro.
Trata-se do equipamento mecânico em atividade mais antigo do Espírito Santo, instalado pelo Barão de Cotegipe, e aqui flagrado pelas lentes de Manoel Goes.
Imagem serve ainda para ilustrar desde obra literária famosa, como “Passeio ao Farol”, de Virgínia Woolf, até a longeva rainha Elizabeth II, também exaltada como “Farol do Reino Unido”.
CURTA
> QUEIXA. Empreendedores em hotelaria, nas montanhas, só têm uma queixa da temporada deste inverno: se houvesse maior oferta de mão-de-obra especializada, seria bem melhor.
> AGROTURISMO. De quinta a domingo próximo, em Venda Nova do Imigrante, 156 empreendedores do agro expõem na Ruraltur-ES, considerada maior evento do gênero.
> MÚSICA E DIREITO. Coletânea de José Roberto Castro Neves traz juristas comentando canções históricas. Leitura oportuna: vai de “Caminhando”, Geraldo Vandré, a “Hurricane”, Bob Dylan.
> NA GALERIA. Obras inéditas de Loio Pérsio podem ser vistas em exposição na Galeria OÁ, em Vitória, até a próxima sexta-feira.
> COISAS GRANDIOSAS. Com este título, vem aí o novo filme de Sidemberg Rodrigues, pré-estreia no próximo dia 24, no Cinemark. No foco, a jornalista Jeanne Bilich e Zulmira Marçal.
> FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Tem gente que ainda não acredita nem na vacina e nem na morte da rainha Elizabeth II”. Entreouvido em fila de padaria.
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Fonte Grande,por Luiz Trevisan