Garoto recebe R$ 100 milhões para crescer agora
Luiz Trevisan
A Nestlé, que adquiriu a Chocolates Garoto em 2002, vai investir neste ano R$ 100 milhões na geração de novos produtos e modernização da fábrica localizada em Vila Velha, que até hoje é atração turística para muitos que visitam o Espírito Santo.
Após dois anos de pandemia e vendas estabilizadas, dirigentes da fábrica comemoram a manutenção de 1.500 empregos diretos – além dos ocasionais, como 500 vagas abertas na produção de Páscoa – e apostam na diversificação em busca de maior mercado.
“Nesta Páscoa vamos ofertar 11 milhões de ovos com uma novidade: o caramelo salgado”, exemplifica o diretor industrial, Michael Piantavinha. Ele aponta o vertiginoso aumento da concorrência como outro desafio pela frente.
Sabores mudam
Nascido em Cariacica, Michael avalia que a compra da Garoto pela Nestlé “salvou a fábrica capixaba que, nesses 20 anos de incorporação, recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos. É uma fábrica de 1929, que precisa de ajustes constantes”, aponta. Sobre eventuais críticas à mudança do sabor de certos produtos, observa que paladar e hábito das pessoas também mudam. “Antes era o Bombom Serenata, hoje se vende mais o chocolate sem recheio”, cita.
DE VOLTA AOS PALCOS – A flexibilização sanitária trouxe de volta aos palcos da noite capixaba dois instrumentistas renomados, o gaitista Afrânio de Freitas e Mirano Schuler com seu acordeon. Além do talento musical, estão sempre bem-humorados e cheios de histórias para contar.
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Sem medo de errar
“O mercado, nesses tempos de pandemia e guerra, exige atitude dos empreendedores. Não pode ter medo de errar. Se errar, corrige”. A dica é da empresária Luiza Helena Trajano falando online para evento híbrido realizado no Centro de Convenções de Vitória. À frente do Magazine Luíza e incluída na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, ela falou do seu orgulho por ter criado na empresa um plano de treinamento exclusivo para negros, e de haver liderado, em 2021, a campanha nacional pela compra da vacina contra a covid-19.
Empresária “socialista”
Luiza Trajano também comentou, com bom humor, que já foi rotulada de “empresária socialista”, por suas práticas. E defendeu toda forma de inclusão. “A pandemia escancarou a grande desigualdade social em que vivemos, assim como as redes sociais viraram instrumento de denúncias do racismo praticado”.
Queda livre
Em palestra sobre a necessidade da sustentabilidade sem maquiagem, o secretário estadual de Controle e Transparência, Edmar Camata, sugeriu à plateia assistir ao filme “Queda Livre”, na Netiflix, que mostra como a Boeing pode ter sido responsável por dois acidentes catastróficos seguidos ao priorizar o lucro em detrimento da segurança.
Sopro na fornalha
O calor que faltou em janeiro chegou na primeira quinzena de março, com juros e correção. Segundo cientistas, possivelmente agravado por tempestades solares no período, que também interferem em sinais de rádio e satélites. Como nem tudo pode ser inteiramente ruim, as tempestades propiciaram o espetáculo de auroras boreais mais brilhantes a 55º de altitude.
Mar capixaba
Já não basta ensinar a pescar. Esse tem sido o mote do deputado Bruno Lamas à frente de debates com pescadores, na Assembleia Legislativa, para melhorar as condições da categoria. Que reclama, principalmente, da invasão de traineiras na costa e da falta de financiamento.
No mais...
Na próxima terça-feira, Dia Mundial da Água, escolas vão replicar antigas lições sobre o líquido da vida.
CURTA
NOSSO CONGO. Folcloristas cobram reedição do livro “O Congo do Espírito Santo”, obra rara de Jaceguay Lins, que detalha influências negras e indígenas no congado capixaba.
NOS TRILHOS. Em Presidente Kennedy, Casagrande disse que a Vale concluiu o projeto do ramal ferroviário até Anchieta, e daí à divisa com o Rio. “Falta o arranjo financeiro”, detalhou.
APOIO DE AÇO. A bodyboarding capixaba Neymara Carvalho vai receber o patrocínio da Arcelor Mittal nas competições deste ano.
SEM PRIVACIDADE. Leitor da coluna elogia a limpeza nos banheiros do terminal de ônibus de Carapina, na Serra. Porém, aponta: “Nenhum deles tem porta”.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Logo quando vamos começar a tirar as máscaras, outra onda covid ameaça no horizonte”. Entreouvido em evento presencial, após dois anos de modelo remoto.
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Fonte Grande,por Luiz Trevisan