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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Urina com bactéria e sem infecção

Confira a coluna desta terça-feira

João Evangelista Teixeira Lima | 12/11/2024, 15:38 h | Atualizado em 12/11/2024, 15:38

Medicina é como amor: nem nunca, nem sempre. O jovem que promete amar sua namorada para sempre costuma terminar o namoro, antes mesmo de se dar conta que a paixão extinguiu.

Casado há décadas, o idoso que ameaça ir embora, certamente estará blefando, seguindo eternamente com sua encenação.

Conforme o nome indica, exames complementares visam colaborar com o raciocínio médico. Não fosse assim, eles seriam denominados exames elucidativos.

Mesmo quando ocorre concordância entre avaliação médica e exame complementar, o prognóstico, que é uma estimativa de como será a evolução de cada enfermidade, navega em possibilidades. Amor, tal como saúde, envolve um elemento único denominado ser humano.

Um simples exame urinário pode causar dúvidas. Muitas vezes, o clínico geral, ao incluir uma cultura de urina no check-up de um paciente assintomático, detecta a presença de bactérias.

Comumentemente as pessoas possuem bactérias na pele, no intestino, no nariz e na orelha, que não causam nenhum dano ao organismo. Infecção urinária atinge indivíduos de ambos os sexos. Porém, é mais frequente em mulheres devido à vizinhança do ânus com a vagina.

Essa proximidade faz com que os microrganismos intestinais migrem pela uretra. Entretanto, isso não significa que elas tenham sempre infecção e necessitem tomar antibióticos.

Antimicrobianos são indicados quando o paciente apresenta sintomas. Manifestações, como ardência e urgência urinária, se dão quando a infecção acomete a bexiga.

Uma vez dentro dessa estrutura, o caminho natural da infecção tratada de maneira inadequada, é atingir os rins. Quando a doença alcança os rins, recebe o nome de pielonefrite, causando sintomas intensos e quadro clínico grave.

Por outro lado, tratar arbitrariamente uma bactéria na urina não diminui a chance de ter infecções urinárias reais, futuramente. Além do mais, antibióticos podem causar resistência bacteriana. Isso porque esses medicamentos alteram o equilíbrio do organismo, danificando a microbiota intestinal, que é importante para a defesa do corpo contra as bactérias nocivas.

Existem apenas duas exceções em que o tratamento é indicado, mesmo quando o doente não tem nenhum sintoma, mas apresenta germes na urina, como acontece com gestantes ou pacientes submetidos a procedimentos urológicos, seja para quebrar alguma pedra no rim ou fazer cirurgia de próstata.

Quando os exames laboratoriais coincidem com os sinais e sintomas inerentes à infecção urinária, para que patologia não evolua e comprometa o funcionamento dos rins, é importante buscar auxílio médico e seguir o tratamento correto.

Melhor prevenir do que remediar. Para diminuir a incidência de infecção urinária deve-se beber bastante água, não reter a urina por longos períodos, proceder higiene local, lavar as mãos antes e depois de usar o banheiro e, principalmente, não tomar medicação sem avaliação médica.

Tentando evitar a inveja da doença, a saúde finge que está doente.

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