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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Engasgo pode ser fatal

Coluna foi publicada nesta terça-feira (27)

Dr. João Evangelista | 27/08/2024, 12:08 h | Atualizado em 27/08/2024, 12:08

Imagem ilustrativa da imagem Engasgo pode ser fatal
Equipe pratica manobra de Heimlich: engasgo pode ser fatal |  Foto: © Divulgação/Canva

Agindo de acordo com seus celestiais desígnios, ao criar o ser humano, Deus fez um tubo com a finalidade de exercer duas funções. Tal estrutura, iniciando atrás do nariz e terminando abaixo do pescoço, é denominada faringe. A nasofaringe recebe ar do nariz, enquanto a orofaringe, além de oxigênio, também recebe alimento. Para proteger o sistema respiratório, o Criador instalou uma pequena peça denominada epiglote, estrutura cartilaginosa encontrada na região da laringe, garantindo que o alimento siga seu caminho em direção ao esôfago.

A epiglote pode falhar em sua tarefa de fechar a passagem do sistema respiratório. Nesses casos, o alimento chega à laringe em vez de seguir para o esôfago, provocando engasgo.

O ato de tossir é a primeira atitude do corpo, tentando contornar o perigoso problema.

Engasgar é uma manifestação frequente no ser humano. Infelizmente, em algumas situações, pode ser fatal.

Seu objetivo é retirar algum objeto ou alimento que esteja presente na laringe, bloqueando a passagem de ar. Para evitar que essa situação ocorra, contamos com uma estrutura cartilaginosa chamada de epiglote, que se fecha durante a deglutição

Em algumas situações, o fechamento da entrada para o sistema respiratório pode não ocorrer, e o alimento, por exemplo, acaba bloqueando a passagem de ar e provocando o sufoco.

O engasgo costuma acontecer, por exemplo, quando uma pessoa come muito rápido, não mastiga direito ou apresenta alguma doença degenerativa.

Em um desses dias mágicos da adolescência, chupando uma laranja, resolvi apostar corrida com um amigo. Um pequeno bagaço dessa fruta resolveu pegar um atalho e migrou para minha laringe, impedindo-me de respirar.

Enquanto um filete de oxigênio mantinha minha vida, eu tossia, pulava e bebia água, tentando desobstruir as vias respiratórias.

Vindo ao meu socorro, meu pai se posicionou em pé atrás de mim e, com a palma da mão, aplicou seis fortes golpes na parte superior das minhas costas, fazendo com que o bagaço da fruta fosse deslocado de volta à faringe.

Nesse momento, voltei a respirar livremente. Não entendendo o suplício que eu havia passado, meus amigos riram, acreditando que eu estava brincando de morrer.

Atualmente, emprega-se a Manobra de Heimlich, que consiste em se posicionar atrás da vítima e passar o braço ao redor do seu abdome; caso o paciente seja uma criança, torna-se importante que o indivíduo que realizará os primeiros socorros, se ajoelhe.

Após passar o braço ao redor da vítima, deve-se colocar uma mão fechada na região conhecida como “boca do estômago”. A outra mão, aberta, deve ser colocada em cima da mão fechada e fortes movimentos de compressão para dentro e para cima, devem ser realizados. A manobra deve ser feita até que a vítima libere aquilo que está obstruindo sua via respiratória.

Durante esses preciosos minutos, os pulmões suplicam pelo oxigênio, vital para manter a chama da vida.

Imagem ilustrativa da imagem Engasgo pode ser fatal
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Arquivo/AT

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