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Direto da Redação

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Colunista

Luciano Rangel

Trânsito das trevas

Casos e mais casos de agressividade ao volante são de assustar

Luciano Rangel | 17/05/2024, 19:56 h | Atualizado em 17/05/2024, 19:57

Dia desses, em uma das ruas sem semáforo que dão acesso à orla de Camburi, eu aguardava ao volante que o tráfego diminuísse na avenida e me permitisse seguir em frente. Um motorista no carro atrás do meu buzinava incessantemente, como se fosse possível eu avançar sem provocar um acidente que poderia até causar uma tragédia com minha família, que estava comigo no veículo.

Quando, enfim, o tráfego me permitiu acessar a avenida Dante Michelini, o motorista que estava no carro de trás arrancou e fechou o meu veículo perigosamente o que me obrigou a frear abruptamente. Da janela de seu veículo, o motorista fez com os dedos polegar e indicador, em minha direção, aquele inconfundível gesto que simula uma arma e gritou qualquer coisa que não deu para ouvir, mas certamente não era nada bonito.

Encerrado o show, arrancou com o carro “cantando pneus”. Nada de novo no “front” urbano: crianças no meu carro apavoradas em apenas mais uma das milhares de histórias de incivilidade e violência no trânsito que assustam quem quer viver em paz. O leitor deve ter as suas para contar.

Lembro desse episódio quando vejo que um motorista em Cachoeiro de Itapemirim atacou a porretadas um outro veículo que colidiu com o dele. Não há legítima defesa caracterizada e nenhum outro argumento que justifique a descarga de ódio. A violência não pode sobrepujar o diálogo. Tratou-se de agressão pura e simples.

Quem age assim pode cometer uma violência contra alguém indefeso, mas pode também topar com outra pessoa igualmente agressiva e aí tudo pode acontecer. Seja qual for o cenário, a civilidade sai perdendo.

A sociedade precisa de paz.

Veja aqui a reportagem da TV Tribuna/SBT:

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