OAB fará eleição 100% on-line e debate tema após alta abstenção

A eleição municipal deste ano registrou índices recordes de abstenção. Na capital paulista, por exemplo, o porcentual foi o maior desde a redemocratização (31,5%). Analistas políticos, candidatos e marqueteiros temem o aumento dessa tendência e levantam a indagação: seria possível o Brasil adotar voto on-line, como a Estônia e o Canadá? O presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP, Marcio Kayatt, avalia que a Ordem servirá de modelo neste ano para ajudar na resposta. No próximo dia 21, pela primeira vez em sua história, a seccional terá eleições 100% online, com 380 mil advogados. “Vamos fazer escola”, aposta. O advogado admite, porém, haver problemas estruturais e culturais para que o exemplo seja reproduzido nas eleições do País.

DIAGNÓSTICO. Para Kayatt, o Brasil ainda não avançou para eleições on-line porque, no seu gigantismo, tem áreas sem cobertura de internet. Além disso, no quesito cultural, o risco de voto sob ameaça tenderia a aumentar.

DESCULPAS. O presidente da Comissão Permanente de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, Luiz Fernando Pacheco, renunciou ao cargo e à sua candidatura ao Conselho da Ordem. Pacheco tomou a decisão após ter postado no Instagram um comentário considerado ofensivo pelo conselheiro Ezequias Alves da Silva. “Saio sem mágoas e sem receio de julgamentos equivocados”, disse.

AUSÊNCIA. A 10ª Cúpula do P20, que reúne Parlamentos dos membros do G20, não deve contar com representantes dos EUA por causa das eleições americanas, na próxima terça-feira. O evento será realizado nesta semana no Congresso, em Brasília.

DIREITO. O presidente municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, disse à Coluna que é cedo para falar em ceder espaço a outras siglas na reforma do secretariado do prefeito Ricardo Nunes, em 2025. “O MDB é a tropa de choque do prefeito, tem legítima aspiração de cooperar com o governo e se fortalecer na cidade”.

CRITÉRIO. Nunes precisa acomodar 11 partidos em 35 secretarias e em vagas do segundo escalão. “É prudente o prefeito pedir um balanço do governo, com prioridades para 2025, antes de decidir o perfil para os cargos”, avaliou Misasi. O trabalho está com o secretário de Governo, Edson Aparecido.

PENSE. Apesar de buscar ampla coalizão para chegar ao comando da Câmara, como Arthur Lira, Hugo Motta carrega uma diferença em relação ao padrinho: menos experiência. Antes do cargo, Lira já havia presidido comissões de peso.

NOVIDADE. Pela primeira vez desde 2016, o BNDES concedeu mais crédito à indústria do que ao agronegócio, no intervalo entre janeiro e setembro. Os números ainda são fechados pelo banco, mas já é certo que, no acumulado do ano, 27% dos financiamentos aprovados pela instituição foram para a indústria e 26% para o agro.

DADOS. A diferença mais acentuada foi em 2019: 28% agro, 17% indústria. “Houve uma mudança na qualidade do crescimento do País, liderado por indústria e investimentos”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

CLICK. Jader Filho, ministro das Cidades, com o representante especial da ONU para a Redução do Risco de Desastres, Kamal Kishore. Eles participaram de encontro do G20 sobre o tema, em Belém.

Pronto, falei!

"Inflação na meta é resultado de um trabalho conjunto de política econômica. Se um pilar freia enquanto outros aceleram, há o risco de o trem sair dos trilhos”, Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos