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Coluna do Estadão

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Estado de São Paulo

Núcleo de Nunes se agarra à expectativa de Marçal “derreter”

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (23)

Roseann Kennedy, Eduardo Gayer e Augusto Tenório | 23/08/2024, 10:07 h | Atualizado em 23/08/2024, 10:07

Imagem ilustrativa da imagem Núcleo de Nunes se agarra à expectativa de Marçal “derreter”
Campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tomou pancada com o crescimento de Pablo Marçal em pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22) |  Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

O crescimento de Pablo Marçal (PRTB) na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22) deu uma pancada na campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Mas a ordem interna é não se desesperar, focar que o prefeito ainda garante vitória nos cenários de segundo turno, e tentar reconquistar o eleitorado bolsonarista.

Uma das avaliações entre aliados de Nunes foi a de que os levantamentos publicados nesta semana ainda não refletem a “lavação de roupa suja” em público entre Marçal e Jair Bolsonaro (PL), tampouco a ofensiva do ex-presidente para deixar claro que o ex-coach não o representa. Além da troca de farpas nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou na quinta um vídeo em seu canal no WhatsApp reunindo vários momentos em que Marçal o critica.

Lamento. “Infelizmente, as pesquisas desta semana não mostram o reflexo das últimas 36 horas. A militância já percebeu que Marçal não representa o ex-presidente. O derretimento de Marçal virá na próxima”, afirmou Fábio Wajngarten, assessor e advogado de Bolsonaro, à Coluna.

Na cola. O prefeito ainda não decidiu se participará dos atos bolsonaristas do 7 de Setembro. Um dos fatores que vão influenciar é saber se Marçal estará lá, admitem interlocutores. O argumento é de que Nunes não pode mais deixar o candidato do PRTB “nadar de braçada” no eleitorado da extrema direita.

Tô lá. Candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, por sua vez, já está quase com o pé no ato. Participou de outros protestos neste ano e quer aproveitar a oportunidade para levantar uma de suas bandeiras políticas: o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.

Disparou. A vantagem que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), abriu sobre o 2º colocado na pesquisa Datafolha é a maior entre as disputas nas capitais. O índice também é o melhor já registrado na própria capital pernambucana. A verificação foi constatada e comemorada entre os apoiadores do socialista.

Sem essa. Relator da PEC que limita decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal, o deputado federal Filipe Barros (PL) negou que a medida seja retaliação após a Corte suspender o pagamento de emendas. “Não é retaliação e não vou tratar dessa maneira”, disse ele.

Rito. Barros vai aproveitar o esforço concentrado no Congresso, na próxima semana, para conversar com os líderes partidários e decidir a agenda para apresentar o seu parecer. “Quero entender a demanda dos líderes. Não adianta apresentar relatório se não tiver feito esse diálogo”.

Convocados. O presidente Lula marcou para a próxima segunda-feira (26) encontro com todos os líderes partidários da Câmara. O líder governista na Casa, José Guimarães (PT), está responsável por convidar os colegas.

Fiador. A nova aproximação de Lula com os deputados se dá em meio às negociações sobre o futuro das emendas impositivas. Os três Poderes até fecharam um acordo, mas há pressão por mudanças. E a relação dos parlamentares com os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) não anda das mais alinhadas.


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