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Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

Colunista

Cláudio Humberto

BNDES quintuplica farra com propaganda em 2024

Coluna foi publicada nesta segunda-feira (19)

Cláudio Humberto, com colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos | 19/08/2024, 13:00 h | Atualizado em 19/08/2024, 13:00

Imagem ilustrativa da imagem BNDES quintuplica farra com propaganda em 2024
Prédio do BNDES: órgão multiplicou em cinco vezes os seus gastos com propaganda até este momento, em 2024 |  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Sem entregar nada de relevante sob o comando do ex-senador do PT Aloizio Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) multiplicou em cinco vezes os seus gastos com propaganda até este momento, em 2024. Só este ano, já foram torrados R$ 32,4 milhões em publicidade irrelevante em veículos governistas e redes sociais. Representam cinco vezes mais os gastos de R$ 6,2 milhões entre janeiro e julho de 2023, para vender não se sabe o quê.

Tem para todos

Emissoras, sites, jornalões etc recebem os maiores valores, mas Google, Facebook e até Beach Park também estão entre beneficiados na farra.

Até no exterior

Se não tem o que “vender” no Brasil, o BNDES castigou na propaganda em veículos estrangeiros como Financial Times, Economist etc.

Divulgando o nada

Outro gasto do BNDES é com “mídia exterior”, quase todos anúncios como cartazes, outdoors etc. em aeroportos, pontos de ônibus etc.

Presente natalino

O BNDES gastou R$ 38,8 milhões com publicidade em 2023, mas quase tudo (R$ 30,7 milhões) foi distribuído somente no mês de dezembro.

Batalha entre Poderes afeta eleição, sucessão...

A disputa aberta entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário em torno do pagamento (ou não) das emendas parlamentares colocou sobre a mesa todos os temas mais queridos da classe política nos últimos dias. Do pagamento ‘extraordinário’ de auxílio-moradia nos tribunais à assinatura de proposições contra a vontade de Lula (PT), sem esquecer das disputas eleitorais regionais e as eleições que vão definir os novos presidentes da Câmara e do Senado. Tudo ‘entrou no ringue’ em Brasília.

Extraordinário demais

A comissão mista de Orçamento rejeitou crédito de R$ 1,3 bilhão ao Judiciário para pagar auxílios supostamente atrasados de 2017 a 2019.

Fogo trocado

O STF chancelou por unanimidade a decisão do ex-ministro de Lula, atual ministro do STF Flávio Dino de suspender as emendas impositivas.

Tudo é bala

Até as disputas pela sucessão de Rodrigo Pacheco no Senado e Arthur Lira na Câmara viraram “munição” na Praça dos Três Poderes.

Só pancada

“Não recebi a decisão d[o presidente do STF, Luis] Barroso como uma afronta. Afronta é quando você briga de igual para igual. Eles não brigam, eles batem”, criticou o deputado José Medeiros (PL-MT).

Nem com esforço

A semana de “esforço concentrado” no Congresso rendeu embates entre poderes e nada da reforma tributária. A próxima vez que parlamentares vão se reunir será apenas na última semana de agosto.

Movidos a pó

Candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal voltou a dizer que apresentará “na hora certa” provas da acusação de que candidatos são viciados em cocaína. “O povo já sabe quem é o aspirador de pó”.

Muito cuidado

Para Domingos Sávio (PL-MG), vice da Frente do Livre Comércio, o país “vive prenúncio de ditadura do Judiciário e se o Congresso não reagir em pouco tempo o Brasil corre o risco de mergulhar em ditadura de fato”.

Chefe tem

Ricardo Salles (Novo-SP) acha natural questionamento legal na eleição paulista: “todo jogo eleitoral tem isso: batalhão de advogados pedindo a impugnação de candidaturas”. Mas quem manda é o partido, lembrou.

Crescimento rápido

Até a noite de sexta-feira (16), o pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes na plataforma Change.org já havia acumulado mais de 326 mil assinaturas. Cerca de 250 mil na própria sexta.

Sem muro

Surpreendeu tanto bolsonaristas, quanto petistas no Legislativo a defesa do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que já foi do Rede e do PSDB, do impeachment de um ministro do Supremo.

Semiparlamentar

Estão previstas “sessões semipresenciais” para o Congresso Nacional, esta semana. Parlamentares estão autorizados a não trabalharem em Brasília para se concentrar no que realmente importa: eleições.


"Não podemos tolerar que a Justiça seja usada como instrumento de perseguição" - Marcel van Hattem explica denúncia ao CNJ contra auxiliares de Alexandre de Moraes


Poder sem pudor

Promessas, promessas

Em campanha para a prefeitura de Campina Grande (PB), Severino Cabral, pai do ex-senador e embaixador Milton Cabral, muito intuitivo, tinha uma equipe para fazer seus discursos e auxiliá-lo ao pé-de-ouvido nos palanques. Num comício, ele desatou a fazer promessas, até anunciou que, eleito, levaria para a cidade um grande empreendimento. Ao seu ouvido, baixinho, o ex-deputado Raimundo Asfora orientou: “...em convênio com a Sudene.” E ele repassou para a multidão o que havia entendido: “...e vou construir também um convento para a Sudene!”

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