ChatGPT é o 1º não humano na lista da Nature de destaques na ciência
Nesta edição, também há uma brasileira, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima
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Pela primeira vez, a Nature, uma das principais publicações científicas do mundo, incluiu um não humano em sua lista anual de personalidades na ciência: o ChatGPT.
Nesta edição, também há uma brasileira, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
A relação, feita anualmente desde 2011, não deve ser interpretada como uma premiação ou um ranking, e sim como uma lista de histórias e pessoas importantes para a ciência em 2023.
Os nomes são apontados pelos editores da publicação.
Em relação ao ChatGPT, a revista afirmou que sua presença na lista se justifica pela maneira com que a inteligência artificial está transformando como pesquisadores conduzem e disseminam pesquisas.
"O ChatGPT dominou as notícias neste ano e sua influência está sendo sentida em toda a ciência —e sociedade", diz Richard Monastersky, um dos editores da Nature.
"Embora essa ferramenta não seja uma pessoa e não se encaixe perfeitamente na lista, expandimos nossa lista para reconhecer a maneira profunda como a inteligência artificial generativa está alterando o desenvolvimento e o progresso da ciência."
NATURE
As dez personalidades com mais destaque na ciência em 2023
ANNIE KRITCHER
Física da US National Ignition Facility, auxiliou no desenvolvimento de experiências que, pela primeira vez, desencadearam uma reação de fusão nuclear que gera mais energia do que consome
ELENI MYRIVILI
Primeira oficial-chefe global de calor das Nações Unidas, está ajudando países a se prepararem para os impactos da crise climática
ILYA SUTSKEVER
cientista-chefe da OpenAI, empresa desenvolvedora do ChatGPT, foi reconhecido por ter participação central no desenvolvimento do ChatGPT e nos grandes modelos de linguagem que o fazem funcionar
JAMES HAMLIN
Físico da Universidade da Flórida em Gainesville, o pesquisador observou que havia problemas em um estudo sobre supercondutividade em temperatura ambiente. A pesquisa acabou retratada pela própria Nature e o autor do estudo vem sendo questionado pela comunidade científica
HALIDOU TINTO
Diretor da Unidade de Pesquisa Clínica de Nanoro, o médico foi lembrado, pelo seu trabalho de ensaios clínicos importante para a aprovação de uma vacina que pode fazer uma grande diferença contra a malária
KALPANA KALAHASTI
Diretora associada do projeto da missão Chandrayaan-3 para a agência espacial indiana, auxiliou no projeto do primeiro pouso bem-sucedido da Índia na Lua
KATSUHIKO HAYASHI
Biólogo da Universidade de Osaka, no Japão, e seus colegas pesquisadores que, pela primeira vez, conseguiram produzir filhotes de camundongo a partir das células de dois camundongos machos
MARINA SILVA
Foi lembrada pelas medidas políticas tomadas, que ajudaram a reduzir consideravelmente o desmatamento na amazônia. Desmate no bioma viu anos de explosão na destruição durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o qual abertamente minimizava a devastação da floresta. A gestão Marina Silva retomou políticas mais rígidas de combate ao desmate. Sob a administração Lula e Marina foi retomado, por exemplo, o PPCDam (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), que tinha sido cancelado durante o governo Bolsonaro.
Outros brasileiros também já foram lembrados. Tulio de Oliveira (2021), cientista que sequenciou a variante ômicron da Covid na África no Sul e alertou sobre seu perigo.
Ricardo Galvão (2019), presidente do CNPq e ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), atacado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Celina Turchi (2016), epidemiologistas que possibilitou associar a microcefalia à infecção pelo vírus zika.
SVETLANA MOJSOV
Bioquímica que, há décadas, teve papel central na descoberta do GLP-1, hormônio relacionado aos medicamentos contra a obesidade, como o Ozempic, que ganharam o mundo em 2023. Trata-se de . O texto da Nature cita que ela teve que lutar para sua contribuição ser reconhecida
THOMAS POWLES
Pesquisador da área de câncer do Hospital St. Bartholomew, em Londres, foi citado por seu estudo que representa grande avanço no tratamento de cânceres de bexiga e outros cânceres
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